quinta-feira, 5 de março de 2015

Opinião A Vingança das Vagas de José Teles Lacerda


Título: A Vingança das Vagas
Autor: José Teles Lacerda
Editora: Esfera do Caos
Ano de Edição: 2012
Nº de Páginas: 384
ISBN: 978-89-680-072-7
Mais informações: http://www.esferadocaos.pt/pt/catalogo_detalhe_esfera_contemp175.htmlA

Opinião:
Vingança das Vagas é um livro que tem tudo: tem romance, tem aventura, tem fantasia, tem drama. Mas o que de facto fortalece este livro são as suas personagens, pessoas comuns, capazes do melhor e do pior. E o ponto assente que, em momentos difíceis, o pior do ser humano pode vir ao de cima.
Construído por várias linhas narrativas, que se unem e desaparecem conforme o texto avança. As histórias que um avô conta ao neto, que são a melhor forma que encontra de demonstrar o seu amor e de transmitir valores.

Sinopse:
No longínquo ano de 1506, trinta e sete colonos moribundos foram forçados à desesperada tentativa de povoar uma ilha amaldiçoada.
Dizia-se, nessa época, que naquele gigantesco amontoado de ravinas negras vogava a voz do Diabo. Quinhentos anos passados, não existem documentos que descrevam o sinistro martírio coletivo, na tentativa de povoamento dessa ilha maldita. Aliás, em nenhuma biblioteca do mundo se descobriu uma única página contendo alusões ao sucedido. Em suma, ninguém conhece a verdadeira localização da maligna massa insular, para sempre perdida no meio do oceano.
Durante os serões, o avô Vicente alerta Bernardino Gávea para os perigos inerentes à convivência com a violência das vagas. O menino, porém, não se amedronta. Pode ser a mais miserável das crianças, mas, por viver num casebre encavalitado nas dunas, considera-se o legítimo dono de toda a praia. Fascinado pelas narrativas náuticas, que o septuagenário lhe transmite, sonha ser um intrépido conquistador dos mares — há de conseguir, afinal, reencontrar a ilha que o medo humano apagou dos mapas.
Todos estamos sujeitos às ingratas investidas do imprevisto. No mar ou em terra, a palavra vaga pode unir-se a outras, numa sanguinária cumplicidade catastrófica, que culminará com a materialização dos nossos piores pesadelos.
Surgirão então vagas de desgraça, vagas de infortúnio, vagas de desespero e desilusão.
Nas páginas deste livro poderemos esbarrar com os sonhos de uma criança miserável e viver as preocupações do seu decrépito avô. Mas também teremos notícias de um assustador mundo paralelo. Vindos de ilhas distantes, esvoaçam os gritos dos colonos condenados, ressoam os cânticos melancólicos de musas moribundas, ouvem-se fraudulentas vozes fantasmagóricas. E sobre as ondas do mar existem suspeitas de poder eclodir, a qualquer momento, uma nefasta ofensiva de ninfas.

Sobre o autor:
José Teles Lacerda. Nascido em Évora, em 1970, considera-se uma humilde alma alentejana. A posse de íntimos indícios de uma pacífica índole vegetal permite-lhe digerir desilusões e ruminar remorsos, num esforço quase clorofilino que culmina no fabrico inesperado de aglomerados de frases. Pela frequência desta conduta, tornou-se numa espécie de escriba secreto, clandestino, compulsivo. Assim, vive viciado na desorientada navegação por efémeros mares imaginários. Considera que a génese de um livro é uma feliz forma de exorcizar a maldita tendência para andar, constantemente, “com a cabeça nas nuvens”. Acima de tudo, entende o mundo das palavras como um refúgio obrigatório, sempre que cogita sobre o bizarro absurdo da existência. A Vingança das Vagas é o seu romance de estreia.

Outras Publicações


O Mato Mata de Florival Lança foi lançado na Biblioteca de Portalegre no passado dia 10 de Fevereiro.













Contos Daqui e do Além de Rui Miranda foi apresentado dia 21 de Fevereiro na Biblioteca de Portalegre. 




O sudoeste peninsular entre Roma e o Islão


O livro O Sudoeste Peninsular Entre Roma e o Islão, uma das últimas edições do CAM, vai ser apresentada no Museu Regional de Beja no próximo sábado, dia 7 de Março pelas 16h.

A presente publicação trata-se de uma monografia coletiva resultante das investigações de vários especialistas em Antiguidade Tardia no Sudoeste Peninsular, alguns deles investigadores do Campo Arqueológico de Mértola. A obra é constituída por textos resultantes de dois encontros: Leituras do Sul Cristão  (Mértola - dezembro de 2010) e Beja - imagens da cidade antiga  (Beja - fevereiro de 2012). Foram importantes balanços sobre a realidade de um território em transição, numa época (séculos V-X) ainda hoje mal conhecida.

A Casa de Carlos Luís Figueira


Título: A Casa
Autor: Carlos Luís Figueira
Editora: Lápis de Memória

Sinopse:
Biografia romanceada que narra a história da vida de um clandestino nos tempos da ditadura e os riscos a ela associados, desde a casa o­nde reside estar sobre suspeita, e haver fortes probabilidades de ser invadida pela PIDE, passando pelo transporte dos seus pertences para um local mais seguro, cujo motorista da camioneta é um polícia, até ao sofrimento vivenciado pelos desamparos familiares e os momentos e vidas de paixões fortuitas.
Em “A Casa”, o autor vive “Tempos de solidão e desencanto, de tensão permanente, no desconforto de representação de profissões inexistentes, em lugares que tinha conhecido e que de todo lhe eram estranhos. Ao domínio do medo, sensação perturbadora que em muitos momentos o assaltavam e lhe colocavam a terrível interrogação sobre a sua capacidade física de resistência à tortura em caso de prisão”.

Sobre o autor:
Carlos Luís Figueira nasceu em Campo Maior, no ano de 1944, é consultor de empresas, cronista regular, na imprensa regional e nacional, é diretor do mensário Jornal do Baixo Guadiana. Foi aluno da Universidade Livre de Bruxelas em ciências políticas e sociais e mais tarde no Instituto de Ciências Sociais e Políticas de Moscovo.
Regressou clandestinamente a Portugal, como quadro do PCP, em Agosto de 1968, situação em que se manteve até ao 25 de Abril de 1974. Foi membro do Comité Central e da Comissão Política do PCP até ao XVI Congresso. Veio a ser expulso do Partido em 2002, num processo que envolveu Edgar Correia e Carlos Brito.

Urbano - O Eterno Sedutor de Eduardo M. Raposo


Título: Urbano - O Eterno Sedutor
Autor: Eduardo M. Raposo
Editora: Colibri
Ano de Edição: 2014
Nº de Páginas: 250
ISBN: 978-989-689-465-8
Mais informações: http://www.edi-colibri.pt/Detalhes.aspx?ItemID=1898

Sinopse:
Homenagear Urbano é celebrar o Alentejo, a multiplicidade de cores com que “pintou” a terra, o povo, a alma e a história alentejanas, ajudando a levar o nome do Alentejo ainda mais longe. Homenagear Urbano é celebrar um dos escritores mais marcantes do século XX português. É recordar e louvar a sua imensurável herança cultural nas mais variadas vertentes; como ficcionista, cronista, ensaísta, crítico literário, poeta, jornalista e professor. Homenagear Urbano é celebrar o homem e sobretudo o lutador que desde os negros tempos do fascismo ousou arriscar a sua vida em busca do bem comum; da Liberdade, da Justiça e da Igualdade. Um homem que após a Libertadora Madrugada de Abril, e movido por um profundo sentimento de abnegação, se despojou da sua riqueza pessoal em nome dos ideais que sempre defendeu, entregando o seu latifúndio a quem o trabalhava. Coerência que, de resto, o acompanhou até ao último suspiro.

Sobre o autor:
Eduardo M. Raposo nasceu na Funcheira, Ourique, em 1962. É Doutor em História da Cultura e das Mentalidades Contemporâneas, pela FCSH/ UNL. É jornalista, investigador, dirigente associativo e activista da Cultura e do Alentejo. Foi vice-presidente da Casa do Alentejo, fundador e presidente do Centro de Estudos Documentais do Alentejo – CEDA. Nesta qualidade, coordenou colóquios internacionais e prémios literários; organizou Jornadas Literárias (Montemor-o-Novo) e organizou homenagens, entre outras, a Federico García Lorca, Adriano Correia de Oliveira, Almutamide e Urbano Tavares Rodrigues. É autor de diversos espectáculos musicais. Foi director da revista Alma Alentejana e é, desde a sua fundação em 2001, director da revista Memória Alentejana. Tem vindo a estudar a importância da poesia na música portuguesa: cantores de intervenção e, numa perspectiva diacrónica, a nossa poesia lírica desde os poetas luso-árabes (séc. XI) à nova música portuguesa.

Prémio literário José Luís Peixoto distingue trabalhos inéditos de conto

Fonte: Jornal I

O município de Ponte de Sôr, no Alentejo, anunciou hoje que vai promover, este ano, a 9.ª edição do prémio literário José Luís Peixoto, destinado a premiar trabalhos inéditos na modalidade de conto.

Criado em 2007, o prémio literário José Luís Peixoto tem como directiva, em anos ímpares, premiar trabalhos inéditos na modalidade de conto e, em anos pares, trabalhos de poesia.

Segundo a Câmara de Ponte de Sôr, no distrito de Portalegre, o concurso, de âmbito internacional, está aberto a cidadãos de nacionalidade portuguesa e a naturais e/ou residentes em países de língua oficial portuguesa.

Além de homenagear o escritor José Luís Peixoto, natural de Galveias, no concelho de Ponte de Sor, o município salienta que a iniciativa pretende ainda incentivar a criatividade literária entre os jovens, assim como o gosto pela leitura.

A este concurso podem concorrer jovens que completem 25 anos até ao dia 31 de Dezembro de 2015.

O município de Ponte de Sor vai receber os trabalhos enviados pelos concorrentes até ao dia 30 de Abril.

9ª BDteca em Odemira - Mostra de Banda Desenhada

Fonte: Local.pt

A Biblioteca Municipal José Saramago vai dedicar os meses de fevereiro e março à 9ª edição da BDTECA – Mostra de Banda Desenhada de Odemira, com a realização de exposições, workshops e de um concurso nacional de BD.

Esta é uma iniciativa promovida pelo Município de Odemira e Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos, com o objectivo de divulgar este género artístico, estimular a criatividade e afirmar Odemira como um dos principais centros de desenvolvimento da Banda Desenhada na região e no país.

O prazo para entrega de trabalhos para o Concurso de Banda Desenhada termina no dia 20 de fevereiro, sendo dirigido a maiores de 16 anos. O concurso tem como prémios 500 euros para o 1º classificado, 250 euros para o 2º e 125 euros para o 3º lugar.

Entre os dias 2 e 20 de fevereiro, a Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, em Odemira, recebe a exposição dos trabalhos vencedores dos Concursos de BD dos anos anteriores. Com esta exposição, pretende-se divulgar a variedade e qualidade de trabalhos recebidos e incentivar à participação dos jovens no concurso de BD.

Entre os dias 7 e 28 de fevereiro, decorre, na Biblioteca Municipal José Saramago, uma exposição de desenhos originais do livro “Aventura no Deserto”, de Bruno Rola, um jovem artista e arquitecto algarvio, que escolheu a temática militar para criar a sua primeira obra, inspirada no estilo “manga” (banda desenhada japonesa). Para o dia 26 de fevereiro estão agendados dois Workshop de BD, com o tema “A Hora da Manga”, orientado pelo artista Bruno Rola, sendo dirigidos ao público escolar. Ao longo de todo o mês de fevereiro a Biblioteca apresenta uma mostra documental de BD.

No dia 7 de março, pelas 16.00 horas, serão conhecidos os vencedores do Concurso de Banda Desenhada, com a entrega de prémios e inauguração da exposição dos trabalhos participantes no concurso deste ano. A exposição estará patente ao público até ao dia 28 de março.