Estamos na década de
cinquenta e a família de António do Couto Maia deixa Lisboa para se
fixar em Moura, no Alentejo. A decisão é do chefe de família e
surpreende tanto a mulher como as filhas, que não compreendem o que leva
um homem de meia-idade a abandonar subitamente a sua confortável vida
na capital para mergulhar num Alentejo desconhecido. É através do olhar
de Isabel, a filha mais velha, que assistimos ao conflito entre dois
mundos: o da cidade, representado pelos recém-chegados, e o mundo rural,
que os recebe com desconfiança. Inicialmente atraída pela beleza da
vila alentejana, a jovem é confrontada com a prepotência dos senhores e
com a miséria dos camponeses, num lugar onde qualquer tentativa de
mudança é imediatamente esmagada. O seu sentido de justiça leva-a a
colidir com Eduardo Leôncio Teles, o herdeiro da maior fortuna da
região, iludindo, assim, a forte atracção que sente por ele. Ao mesmo
tempo, Isabel envolve-se nos acontecimentos da vida rural, enquanto
tenta descobrir o segredo que levou o pai a esconder-se no Alentejo,
arrastando a família para uma existência tão difícil.
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