O escritor português, de 38 anos, venceu a primeira edição do Prémio Salerno Livro d’Europa, em Itália, com a obra Livro, publicado em Portugal pela Quetzal, em 2010.
(via Público)
O romance, recentemente
publicado em Itália pela Einaudi, foi o escolhido entre outros quatro
títulos finalistas, de autores europeus com menos de 40 anos.
O júri que decidiu o
prémio, com um valor pecuniário de 5 mil euros, foi “constituído por 50
leitores e 50 personalidades ligadas ao meio editorial italiano”,
esclarece em comunicado a Quetzal.
José Luís Peixoto(n. Galveias,
Ponte de Sor, 1974) afirmou-se “contente” por ter sido o primeiro
distinguido com o prémio italiano. Em declaração à Agência Lusa, o
escritor disse que “as notícias destes prémios correm sempre bem”. E
acrescentou: “Foi muito bom [ter sido reconhecido], tanto mais que este
foi um livro muito importante para mim. É um livro que parte de um tema
que é sensível de tratar, e que para mim foi um pouco ambicioso abordar
porque não o vivi, que é a emigração para França, e dessas migrações que
tocaram muito as pessoas”. Num período em que os portugueses voltam a
projectar o seu futuro passando pela emigração, o escritor referiu que Livro “tem infelizmente essa actualidade”.Livro foi também finalista do Prémio Femina, atribuído em França. E Cemitério de Pianos (2006) está na primeira lista do Prémio Impact Dublin, a que concorrem obras publicadas em língua inglesa, nomeadas por livreiros de todo o mundo.
José Luís Peixoto venceu em 2001 o Prémio Saramago com o romance Nenhum Olhar, e foi depois também distinguido com os prémios Daniel Faria e Cálamo Outra Mirada, ambos em 2008.
O Prémio Salerno Livro d’Europa teve agora, como outros finalistas, a francesa Jakuta Alikavazovic (autora de La Bionda e il Bunker, na tradução italiana), o suíço romanche Arno Camenisch (Dietro la Stazione), o italiano Paolo Di Paolo (Mandami Tanta Vita) e a alemã Judith Schalansky (Lo Splendore Casuale delle Meduse).
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