domingo, 12 de abril de 2015

Opinião "Mal Nascer" de Carlos Campaniço


Título: Mal Nascer
Autor: Carlos Campaniço
Editora: Casa das Letras
Ano de Edição: 2014
Nº de Páginas:192
ISBN: 9789724622330
Mais informações:

Opinião:
Mal Nascer é daqueles livros que devoramos, mas não queremos que termine, de tal modo o enredo nos envolve, e a poesia da linguagem do autor nos sabe a música. O ponto forte da obra é centrar-se em personagens comuns, que interagem numa sociedade quase feudal. Apesar de estar situada antes da guerra civil, esta mesma história podia ter sido noutra altura, por inalterável que a sociedade no Alentejo ficou quase até 1974. É daquelas histórias que, infelizmente, nos soam a tão reais, por histórias já ouvidas a nosso familiares e amigos de mais idade. As personagens estão muito bem construídas, com um leque incrível de personagens femininas, que interagem entre elas, com laços de amizade a que obrigam a sobrevivência num mundo hostil e confrontações originadas pelas diferenças sociais e pela ambição.
As minhas partes favoritas foram as analepses em que conhecemos a história da personagem principal enquanto criança. Enquanto adulto tornou-se inseguro e incapaz de fazer valer a sua vontade em muitas das situações, apesar da sua atitude irrepreensível como médico. Talvez por isso, enquanto caminhava para o final, perdi um pouco o interesse na sua vida pessoal. O seu fácil encanto por mulheres que não deixa a sua paixão final ter destaque. Senti falta que alguém o tivesse reconhecido e ter sido isso que o colocasse em perigo, mais tensão no reencontro com aquele que teve origem na sua infelicidade infantil, perigo que tivesse vindo do exterior, por alguém ter descoberto o seu esconderijo.

Sinopse:
Mais informações:Santiago Barcelos - nascido Bento - regressa como médico à vila que deixou ainda menino. Não vem, porém, ao aconchego dos velhos rostos conhecidos. Na verdade, foge dos miguelistas que o perseguiam em Lisboa, escapa-se à teimosia da mulher do padrinho que o queria como amante e conta vingar-se de Albano Chagas, o homem que lhe arruinou a infância tomando-o como cúmplice na morte do seu primogénito. Os planos acabam, contudo, por gorar-se quando se apercebe de que não há vivalma que o reconheça e de que toda a vila subitamente o venera e se quer chegada ao seu convívio. Até a mulher de Albano Chagas acaba por pôr uma afilhada a ajudá-lo no consultório e a mão da própria filha à disposição.
Decidindo então adiar a revelação da sua identidade, o jovem médico terá mais tempo para chorar os seus mortos, tratar dos doentes e ajustar contas com os vivos; mas nem por isso cessará de se enredar em complicadas teias, não escapando a uma paixão proibida e avassaladora.
Alternando as memórias da infância com o presente agitado do protagonista, Mal Nascer é um romance magistral que combina uma história aliciante com um esmero de linguagem invulgar. Guardando surpresas até à última linha, a obra foi finalista do Prémio LeYa em 2013.

Sobre o autor:
Carlos Campaniço nasceu em Safara, no concelho de Moura, em Setembro de 1973.
É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses, pela Universidade do Algarve, onde adquiriu também o grau de Mestre em Culturas Árabe e Islâmica e o Mediterrâneo. Vive há dezassete anos em Faro e é Director de Programação do Auditório Municipal de Olhão, o mais recente teatro do Algarve.
É autor dos livros: Molinos, Da Serra de Tavira ao Rif Marroquino. Analogias e Mitos e ainda A Ilha das Duas Primaveras.


Outras Publicações

A Terra de Ninguém, de Santana Maia-Leonardo, edição Sinapsis, foi apresentado em Arronches.












O Seminarista e o Guerrilheiro, de Cândido Matos Gago, foi apresentado em Lisboa. A obra retrata a guerra colonial em Angola, de forma romanceada.





Estas obras encontram-se assim divulgadas por dificuldade em encontrar mais informações.

"Ventos e Brisas" de Alberto T. Assunção


Ano: 2012
N. páginas: 74
ISBN: 978-989-689-259-3
Editora: Edições Colibri
Link: http://www.edi-colibri.pt/Detalhes.aspx?ItemID=1674

Sinopse:
Que direi quando as palavras fogem? E por que fogem as palavras perante outras tantas tão sofridas, sentidas e apaixonadas? Elas são Ventos e Brisas alentejanos. São imagens interiores, fortes e imensamente expressivas. Ventos e Brisas que tomam forma e se arrumam em cada página – pedaços da história de uma pessoa imensa a quem tenho o orgulho de chamar pai. Deixo aqui, nestas parcas linhas e à laia de prefácio, a minha profunda admiração e amor por este meu grande amigo. Estou certa que quem ler estes Ventos e estas Brisas, saboreará momentos inspirados de uma vida interior plena de amores e desamores, alento e desalento, coragem e saudade … enfim! Coisas de Poeta! *** [Helena Assunção]

Autor:
Alberto Tapadinhas de Assunção nasceu na Freguesia de Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide. Concluiu o curso do Magistério Primário em Portalegre, tendo leccionado nos distritos de Santarém, Setúbal e Lisboa onde seria nomeado Delegado Escolar do Concelho de Alenquer e posteriormente nomeado Subdirector da Direcção Escolar de Lisboa. Leccionou no Externato Santos Garcia e na Escola da Armada, ambos em Vila Franca de Xira. Em 1994 terminou a licenciatura em Administração e Gestão Escolar na Universidade Lusófona de Lisboa onde viria a concluir a parte curricular do Curso de Mestrado em Espaço Lusófono: Cultura, Economia e Política ficando ainda por apresentar a respectiva Tese. Foi membro do Conselho Pedagógico do Centro de Formação de Professores “Pêro de Alenquer” e Formador do Centro de Formação de Professores “João de Deus”. O Estatuto de Formador foi-lhe concedido pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Tem vários trabalhos publicados na área de Organização do Sistema Educativo, todos edições de autor.

"O Monstro de Monsanto" de Pedro Jardim



280  páginas
ISBN: 978-989-626-641-7
Editora: A Esfera dos Livros
Link: http://esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=446

Sinopse:

Uma rapariga encontrada morta na floresta de Monsanto. Um delicado vestido azul a cobrir o corpo. O cabelo cuidadosamente penteado. Uma máscara de papel branco com um poema de Florbela Espanca sobre o rosto.

É este o cenário que Isabel Lage, inspetora da Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária, encontra no local do crime. A primeira vítima de um serial killer que não deixa pistas, que habilmente se move pela floresta e que parece conhecer todos os passos da polícia. Isabel está apostada em resolver este mistério e fazer justiça em nome das mulheres que morrem às mãos de um assassino frio e calculista. Mas todas as pistas levam a João, o seu antigo companheiro de patrulha, e com quem partilhou mais do que aventuras profissionais.

Pedro Jardim, chefe de polícia com experiência em investigação criminal, traz-nos no seu romance de estreia um thriller empolgante e arrebatador que nos prende até à última página.

Pode haver um monstro em qualquer um de nós...

Autor:
Pedro Jardim nasceu em Lisboa, em 1976, e foi no Alentejo, em Vila Viçosa, onde viveu desde muito novo, que descobriu o prazer pelas artes e pela literatura. Fez o liceu na Princesa do Alentejo, berço da poetisa Florbela Espanca, e licenciou-se em Sociologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É chefe de Polícia desde 2006, depois do ingresso na PSP em 1998. Além das funções que exerce, detém também experiência em investigação criminal, com curso de especialização em 2003. A paixão pela literatura fez com que aprofundasse os seus conhecimentos e levou-o a estudar escrita criativa com João Tordo. Vencedor do prémio Mais Literatura 2013, pela revista Mais Alentejo, publicou a sua primeira obra, As Crónicas do Avô Chico, em 2011 e A Senhora da Tapada, no ano seguinte. Conta com inúmeras participações em antologias de poesia e livros de contos. Ser pai levou-o a apaixonar-se pela literatura infanto-juvenil, área que tem já dois títulos editados: O Dragão Rouxinol e Gigante Gigantão, de 2013 e 2014. Com um e outro, tem visitado livrarias, bibliotecas e escolas por todo o país. O Monstro de Monsanto é o seu primeiro romance."

"Valsa a Cinco Tempos" de Liliana Lima


Autor: Liliana Lima
Data de publicação: Junho de 2014
Número de páginas: 254
ISBN: 978-989-51-1509-9
Editora: Chiado Editora
Link: https://www.chiadoeditora.com/livraria/valsa-a-cinco-tempos

Sinopse
Para que me leias, porque sei que me entendes nas entrelinhas. Sim, eu sei que me sentes em cada palavra, que me revês em cada silêncio, que talvez até me prevejas em cada parágrafo.

É por isso que sempre escrevi para ti.
Porque a ti não tenho de explicar a história desde o início para que faça sentido. Porque em ti tenho a confiança suficiente para me despir letra-a-letra sem medo de me sentir julgada, criticada ou ameaçada.

Escrevo para ti desde que escrevo por mim. E cada frase é um reafirmar de tantos pulsares quantos os que respiram fora da galáxia das palavras. Viver é uma actividade quase paralela a escrever, e tu vives comigo através da escrita, por muito longe e inatingível que estejas.

É nas palavras que te encontro, naquelas em que tropeço durante a confusão dos dias, e me perseguem pelos corredores dos relógios e do trânsito e das histórias e, sem saber bem porquê, me conduzem aqui, até as escrever - para mim.

Liliana Lima
Contadora de Histórias nos CONTOS DA LUA NOVA, projecto que iniciou e dirige desde 2005. Persegue o sonho de espalhar magia, fantasia, criatividade e imaginação em forma de Contos, Poemas e Palavras…Conta-se em várias narrativas sempre com o fio condutor do Desenvolvimento Pessoal próprio e de quem a ouve, vê, lê, sente, cheira e saboreia. Busca a comunhão de sentimentos na diversidade de significados que essas narrativas assumem perante cada um de nós, ouvintes, leitores e sonhadores.Vive as palavras como quem abre janelas para novos quadros de sentido. E usa-as para criar espaços em que seja possível projectar novas narrativas no mundo seguro da imaginação e criatividade. Depois, embrulha-as na magia do dia-a-dia e, se o mar estiver de feição e o vento soprar de nascente, espalha-as em contos, prosa, cantos e poesia, colorindo outras vidas, onde se multiplicam, renascem e reflorescem em novas histórias que, quiçá abrirão novas janelas. Quando for grande diz querer ser uma "brincadora", por enquanto apresenta-se como uma sonhadora que brinca com as palavras, joga com os seus sons e baralha os seus significados, para que novas histórias nasçam dentro de cada coração, e com elas o mundo se torne menos confuso, assustador e sempre, mas sempre, mais livre.

Alunos Da Secundária De Elvas Aprendem A Encadernar Livros

Fonte: Rádio Elvas



O escritor Hélder Magalhães ensinou esta tarde um grupo de alunos da secundária elvense, durante um workshop, a construir e encadernar livros, de forma manual, no âmbito da Semana Cultural.

“Neste momento estou a tentar dedicar-me à escrita e a conceber o próprio livro onde escrevo; inclusive tenho um projeto de um livro manuscrito de poesia, e foi com esse intuito que vim cá, para demonstrar uma técnica de costura de livros”, começa por explicar Hélder Magalhães.

Para o escritor, este processo de encadernação do livro, “torna o manuscrito mais pessoal e único”. Para além disso, adianta, este projeto “serve para contornar as dificuldades que os escritores enfrentam com as publicações”.

A Semana Cultural teve início hoje e decorre até sexta-feira, na Escola Secundária D. Sancho II, com diversas atividades para a comunidade escolar.