sábado, 28 de dezembro de 2013

Município de Odemira promove 8ª mostra de banda desenhada

retirado de: Local.pt

ODEMIRA – Entre os dias 7 de janeiro e 29 de março, o Município de Odemira vai promover a 8ª edição da BDTECA – Mostra de Banda Desenhada de Odemira, na Biblioteca Municipal José Saramago. O habitual concurso nacional de BD, exposições e feira do livro são alguns dos ingredientes da edição de 2014, num programa que convida à criatividade e participação.

A BDTECA é promovida pelo Município de Odemira e pela Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos, com o objetivo de divulgar este género artístico, estimular a criatividade e afirmar Odemira como um dos principais centros de desenvolvimento da Banda Desenhada na região e no país.

Entre os dias 7 janeiro e 14 de fevereiro, será promovido o Concurso de Banda Desenhada, sendo conhecidos os vencedores e expostos os trabalhos concorrentes no dia 1 de março, na Biblioteca Municipal de Odemira. Também na Biblioteca estará patente a exposição de BD do autor Luís Henriques, entre os dias 25 de janeiro e 27 de fevereiro. A exposição é dirigida ao público jovem e apresenta parte da mostra que o autor levou ao Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 2008, onde teve grande destaque. Para o dia 20 de fevereiro está agendada uma animação de leitura da história “As aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho”, direcionada às crianças do 1º ciclo, pelo autor de BD e ilustrador Pedro Leitão. A partir do dia 25 de fevereiro e até ao dia 8 de março, decorrerá a feira do Comic Book e da BD, onde serão apresentados os títulos recentes e os clássicos da BD.

8º Concurso de Banda Desenhada
O prazo para entrega de trabalhos para o 8º Concurso de Banda Desenhada decorrerá entre os dias 7 de janeiro e 14 de fevereiro. O concurso é dirigido a maiores de 16 anos e tem como prémios 300 euros para o 1º classificado, 150 euros para o segundo e 75 euros para o terceiro lugar. O tema é livre e os trabalhos devem ser apresentados em folhas de formato A3. Cada concorrente pode participar com mais do que um trabalho, desde que enviados separadamente e com pseudónimos diferentes. A identificação e contactos do autor devem constar apenas no interior de envelope fechado, com o pseudónimo no exterior. Os concorrentes deverão entregar os seus trabalhos no Balcão Único do Município de Odemira ou enviar para o Município de Odemira, na morada Praça da República, 7630-139 Odemira.

A entrega de prémios e a inauguração da exposição com os trabalhos participantes decorrerá no dia 1 de março, na Biblioteca Municipal, pelas 16.00 horas. A mostra poderá ser visitada até ao dia 29 de março.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Prémio de Poesia Raúl de Carvalho - Alvito



O prémio de Poesia "Raul de Carvalho", instituído pelo Município de Alvito, foi atribuído ao “Livro de Família” e uma menção honrosa a “Boca-de-Incêndio”, ambos de Paulo Carreira.
Arlinda Mártires foi a vencedora do prémio especial para naturais/residentes no concelho de Alvito, com “Impressões do Real”.
Recorde-se que o prémio de Poesia "Raul de Carvalho” tem dois objectivos, por um lado a vontade de homenagear o autor que deu o nome ao prémio, Raul de Carvalho, natural do concelho de Alvito e, por outro, a necessidade de incentivar a criatividade literária, bem como o gosto pela escrita.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Biblioteca em aldeia do Alentejo é local de partilha de histórias e poesia


de: região-sul

Numa pequena e envelhecida aldeia do Alentejo, com cerca de 20 habitantes, uma biblioteca comunitária é dinamizada por uma professora reformada. Mais do que "casa" de livros, é um local de partilha de histórias e de poesia.

Na biblioteca Ler e Contar, situada na Aldeia de Alcarias, no concelho de Ourique (Beja), onde "não existem crianças", uma boa parte da escassa população idosa reúne-se uma vez por semana para "contar histórias, dizer umas quadras e até cantar".

"Falamos de tudo e de nada. Eu posso pedir para me contarem uma quadra e, a partir da quadra, desenvolvemos um tema. E também cantam", conta à agência Lusa Ana Vaz, impulsionadora do espaço.

Sem ter qualquer ligação ao Alentejo, a "não ser pelas férias" que passava na região, a professora, já reformada, "trocou" Lisboa pela Aldeia de Alcarias há mais de 10 anos, depois de cerca de duas décadas a dar aulas em escolas da capital.

Começou por comprar uma pequena casa junto à sua habitação na aldeia e, "sem saber bem o que lhe havia de fazer", a biblioteca começou a "ganhar forma". Foram doados livros, mobiliário e até um computador.

"As pessoas começaram a aderir e o engraçado foi que foram principalmente as senhoras, que me contam coisas daqui e eu conto histórias", assinala, referindo que o "ritual" da aldeia repete-se todas terças-feiras à tarde.

Ana Vaz afiança que aparecem todas as semanas "quatro ou cinco pessoas" quase todas idosas, porque na Aldeia de Alcarias "não existem crianças".

A biblioteca só é frequentada pelos mais novos da aldeia vizinha de Conceição durante as férias escolares ou quando a educadora de uma creche de Messejana, no concelho de Aljustrel, resolve fazer uma visita.

Alice Gomes de Brito e o marido reformaram-se e regressaram há cerca de um ano à aldeia, após cerca de 40 anos a viverem no Algarve. Confessa que não perdem uma tarde na biblioteca com os vizinhos para "ajudar a passar o tempo".

"Se não existisse a biblioteca, não tínhamos mais nada. Até mesmo a televisão às vezes falha", lamenta.

Também João Domingos, desempregado há quatro anos, é visitante assíduo do espaço. Gosta de ouvir "histórias que se passaram antigamente", contadas por "pessoas de mais idade", e a tarde de terça-feira "passa-se bem assim".

Numa aldeia "pequenina e envelhecida", defende que a biblioteca assume um papel social "importante", porque permite que "as pessoas se juntem uma vez por semana".

Já António Guerreiro, que se autointitula como "o mais divertido da aldeia", ocupa os dias com a sua horta e com os seus animais, mas, mesmo analfabeto, quando pode vai à biblioteca.

"Gosto disto. Gosto de cantar e divertir o pessoal e dar-me bem com as pessoas. E assim é que se passa o tempo", realça.

domingo, 15 de dezembro de 2013

"Aprender é Viver" de Bravo Nico e Lurdes Pratas Nico

Sinopse:
A obra da autoria de Bravo Nico e Lurdes Pratas Nico é uma colectânea de textos publicados
nos últimos três anos, nas crónicas quinzenais do jornal Diário do SUL.
É uma obra que traduz a reflexão dos respectivos autores acerca de temas diversificados e que
fazem parte do quotidiano de cada um(a) de nós (a aprendizagem, a educação ao longo da
vida, o associativismo, a qualificação dos adultos, o quotidiano, entre outros).
O prefácio da obra é da autoria de Manuel Madeira Piçarra (Fundador e Director do Jornal
Diário do SUL).

Breve Nota Biográfica dos Autores:

JOSÉ CARLOS BRAVO NICO é Doutor e Mestre em Ciências da Educação e Licenciado em
Ensino de Física e Química.
Exerce funções como Investigador-Responsável e Coordenador do Grupo de Investigação em
Políticas Educativas, Territórios e Instituições do Centro de Investigação em Educação e
Psicologia da Universidade de Évora (CIEP).
É Professor Auxiliar na Escola de Ciências Sociais (Departamento de Pedagogia e Educação) da
mesma Universidade.
É Director da Universidade Popular da Universidade de Évora, desde 2009, e Coordenador
da Escola Comunitária de São Miguel de Machede/SUÃO – Associação de Desenvolvimento
Comunitário, desde 1998.

LURDES JUDITE DIONÍSIO PRATAS NICO é Doutora em Ciências da Educação e Licenciada em
Ensino Básico – 1.º Ciclo.
Integra, como Membro Integrado, o Centro de Investigação em Educação e Psicologia (CIEP),
no âmbito do Grupo de Investigação Políticas Educativas, Territórios e Instituições.
Desempenha funções de Técnica Superior, do Quadro do Ministério da Educação e Ciência –
Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares/Direcção de Serviços Região Alentejo (DGesTEDSRA).
É Professora Auxiliar Convidada na Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora
(Departamento de Pedagogia e Educação).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Resultados Grande Passatempo de Natal "Alentejo Literário"

Já tenho os resultados do Grande Passatempo de Natal "Alentejo Literário:
  • "Às Vezes o Mar não Chega" de Sofia Marrecas Ferreira para: Roberta Frontini
  • "Diálogos no Silêncio" de Ricardo Osório de Barros para: Paula Miranda
  • "Contos Alentejanos" de Maria Vitória Afonso para: Dália Antunes
  • "E o Vento Soprou de Leste" de J. A. Santos Varelas para: Clarinda Cortes
  • "Jogo de  Janelas" de Francisco Ceia: Ana Barbosa

Parabéns a todas!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Opinião: "Se fosse fácil era para os outros" de Rui Cardoso Martins




Se fosse fácil era para os outros
Rui Cardoso Martins
Ano da Edição / Impressão / 2012
Número Páginas / 248
ISBN / 9789722050852
Editora / DOM QUIXOTE


É um livro de viagens que retrata o percurso de um grupo de amigos pelos EUA, que é, para além de um percurso turístico e de aventura, um percurso pessoal para cada um deles, de conhecimento deles próprios, das suas alegrias e tristezas, e talvez até da busca pela resposta ao sentido da vida.
Como testemunho de viagem o livro torna-se muito interessante, mostrando grande parte dos EUA. No que toca ao percurso pessoal de cada um dos amigos, por vezes torna-se confuso. As personalidades e sentimentos deles não foram, na maioria das vezes, distinguíveis, e cheguei ao final do livro sem ter memorizado o nome das personagens.


Conforme a narrativa se adensa a confusão aumenta, especialmente depois do incidente com o avião no Grand Canyon, sai do discurso que teve até esta altura, entrando as personagens no modo loucura, o que acaba por ser interessante. Pena que seja, também nesta parte que o lugar comum do que são os EUA aumente.



 
Sinopse:
O narrador parte com quatro amigos, todos eles a atravessarem uma fase menos boa nas suas vidas, para uma viagem através dos Estados Unidos da América. De Nova Iorque até ao Sul profundo e em seguida para o Norte, até às Cataratas do Niagara, já na fronteira com o Canadá, atravessam um país de profundos contrastes onde vão viver aventuras umas vezes divertidas, outras perigosas, se não mesmo fatais. A viagem é, para cada um deles, um encontro sem concessões consigo mesmo e com as memórias de vidas muito diferentes, em que tudo se joga e às vezes tudo se perde, mesmo a vida. SE FOSSE FÁCIL ERA PARA OS OUTROS, o terceiro romance de Rui Cardoso Martins, é uma leitura viva, empolgante, eficazmente servida por um estilo a que o autor nos tem habituado nos argumentos dos filmes e nas crónicas de jornal. 

O autor:
Rui Cardoso Martins nasceu em 1967, em Portalegre, e tirou o Curso Superior de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa.
É jornalista fundador do Público, onde mantém a crónica "Levante-se o Réu" (Pública), das mais antigas da imprensa portuguesa, com dois prémios Gazeta de Jornalismo. Como repórter cobriu, entre outros acontecimentos, o cerco de Sarajevo e Mostar, na Guerra da Bósnia, e as primeiras eleições livres na África do Sul.
Argumentista fundador e sócio das Produções Fictícias, é co-criador do programa satírico Contra-Informação, que escreve desde o primeiro episódio.
Foi co-autor de Herman Enciclopédia, escreveu para Conversa da Treta (rádio, televisão e teatro) e para o jornal Inimigo Público.
Co-autor da série dramática Sociedade Anónima, da RTP.
No cinema, é autor do argumento e guião originais da longa-metragem Zona J.

11ª Feira do Livro de Natal - Arraiolos


sábado, 7 de dezembro de 2013

Filhos do Engano de Isabel Marçano





Sinopse:
Ao longo do século XX, Portugal apresenta valores de ilegitimidade elevados próximos do Norte e Centro da Europa e distantes de Espanha, Grécia e Itália. Filhos de Engano – Amor, Sexualidade, Grupos Sociais no Alentejo é fruto de pesquisa sobre a reprodução social ligada aos nascimentos fora do casamento no Baixo Alentejo litoral (concelho de Alcácer do Sal), com investigação empírica aprofundada em Freguesia rural. Trabalho de campo sócio-antropológico e pesquisa em Demografia Histórica articulam a análise do presente e do passado recente com um eixo diacrónico de longa duração (1891-2012). O presente estudo demonstra que a reprodução social fora do casamento não é dissociável do sistema fundiário dominante e da complexidade da estratificação social, práticas de namoro, concepções pré-nupciais, união de facto, casamento tardio, fraca religiosidade no grupo dos trabalhadores rurais privados da posse de terra. [… Um dos pontos fortes da análise de Isabel Marçano é a ênfase dada a quatro tipos diferentes de mães solteiras: as mães solteiras que nunca casam, as mães solteiras que acabam por casar com o pai do filho, as mães solteiras que acabam por casar com outro homem, as mães que estão em uniões consensuais duradouras]. […O seu debate acerca do significado destas uniões consensuais é, talvez, a maior contribuição deste estudo para a vasta literatura, na demografia histórica da ilegitimidade. De igual importância é o seu conhecimento das práticas da corte, das relações das famílias que giravam em torno das mães solteiras e o elevado grau de tolerância para com determinados segmentos de uma população, relativamente à reprodução fora do casamento]. 
 

Detalhes:

Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 198
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-356-9

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Livro de Paulo Monteiro candidato a prémio em França

 Retirado de: Correio do Alentejo

O livro de banda desenhada O amor infinito que te tenho e outras histórias, de Paulo Monteiro, director da Bedeteca de Beja, está nomeado para três prémios em França.
O livro, já premiado em Portugal, foi lançado em Junho pela editora Six Pieds Sous Terre com o título L'amour infini que j'ai pour toi, tendo recebido críticas favoráveis por parte dos media especializados e de alguns jornais generalistas, como o "Le Monde".
A obra de estreia de Paulo Monteiro está nomeada para melhor banda desenhada em três prémios distintos: "Prix Sheriff D’or 2013", atribuído pela livraria Esprit BD (de Clermont-Ferrand), "Prix Bulles De Cristal 2014", criado pela livraria Ange Bleu, a sul de Paris, e "Prix Lycéen De La Bd Midi-Pyrénées 2014", indicado pelos estudantes das escolas da região dos Pirinéus.
Paulo Monteiro, nascido em 1967, que dirige o festival de banda desenhada de Beja, reuniu naquele livro 10 histórias feitas entre 2005 e 2010, que versam, de uma forma poética e desassombrada, sobre o amor e a sua impossibilidade.
Com selo da editora Polvo, o livro foi eleito o melhor álbum de banda desenhada de 2011, pelo Festival Internacional Amadora BD.
Para primeira obra, depois de participações em fanzines, Paulo Monteiro reconheceu que não podia estar mais feliz com o livro, já traduzido e editado em França, Espanha e Polónia.
Em 2014, o livro sairá no Brasil, Reino Unido e na Sérvia e, em 2015, deverá chegar à Coreia do Sul, com capas diferentes da edição portuguesa.
A internacionalização do livro de Paulo Monteiro, que não tem acontecido com esta intensidade na banda desenhada portuguesa, deveu-se a contactos feitos pelo autor, pela editora, mas também pelo "passa-a-palavra" depois da edição em França, um mercado exponencialmente maior do que o português.
Paulo Monteiro está a trabalhar numa segunda obra, que só deverá ser editado em 2015 ou 2016: "Devo acabar a escrita em Janeiro ou Fevereiro. Demoro muito, porque gosto muito do meu trabalho, gosto muito do que faço em Beja e, depois, o tempo que me sobra nem sempre é para escrever e desenhar".
Actualmente, Paulo Monteiro tem parte da sua obra exposta na galeria Mundo Fantasma, no Porto, numa exposição conjunta com a ilustradora e autora de banda desenhada Susa Monteiro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Especial Natal

O Natal está a aproximar-se e um livro é dos melhores presentes que se pode dar alguém. Deixem de parte o argumento dos bens essenciais, porque que tem faltas também tem direito a livros, a cultura e a lazer.
Este post pretende dar algumas sugestões de livros que podem oferecer no Natal. Não significa que os têm de comprar todos! Até pode ser que consigam algum por troca. Ou que fiquem curiosos e o vão buscar à biblioteca para ler.


Perdidos é a saga escrita pela autora de Alcácer do Sal, Rute Canhoto, e que conta já com dois volumes: Perdidos e Esquecidos. A trama passa-se na cidade natal da autora, e a protagonista é uma jovem adolescente que entra em contacto com uma realidade fantásitca. E mais não conto. Para os fãs de fantasia. Para mais ver o site da autora.


Para os amantes do humor A minha boca parece um deserto, o mais recente livro do humorista e contador de histórias Jorge Serafim.

Stories do Alentejo é uma colectânea de contos coordenada por Luis Miguel Ricardo e publicada pela Lugar da Palavra. Conta com as participações de Antónia Luísa Silva, Dora Gago, Fernando Évora, Joaninha Duarte, José Teles Lacerda, Luís Miguel Ricardo, Manuela Pina, ;Maria Ana Ameixa, Maria Morais, Miguel Brito de Oliveira, Miguel Morais e Vítor Encarnação.
Stories do Alentejo é um projeto editorial (livro), inserido na valência de «Literatura de Viagens», que tem por principal objetivo a promoção do Alentejo (nas vertentes: paisagem natural, arquitetura, tradições, gastronomia, canto e falares) através da magia do conto contado por contadores alentejanos de reconhecido mérito. Saiba mais aqui.

Outra colectânea de Contos, desta vez promovida pelo Clube dos Poetas Vivos - Admira. Todos os contos versam sobre o Sudoeste Alentejano, em particular sobre o eixo Zambujeira do Mar – São Teotónio, localidades do concelho de Odemira, onde o Clube dos Poetas Vivos promove tertúlias. Conta com as participações de: Luís Miguel Ricardo, João Pedro Duarte, José Teles Lacerda, Fernando Évora e Vítor Encarnação.
Veja aqui a minha opinião.


A Dobra do Crioulinho, de Luis Carmelo e publicado pela Quidnovi é o primeiro romance de uma trilogia que quer olhar para o Portugal mais profundo, leva-nos numa viagem até uma vila que é como um túmulo, cercada pelo mármore, com uma biblioteca à espera de livros, uma livraria de respeito para qualquer bibliófilo, uma barragem de ar trágico e personagens propensos a se deixarem tocar pela loucura.
Saiba mais aqui





 Os Demónios de Álvaro Cobra, de Carlos Campaniço, foi Prémio Literário Cidade de Almada e editado pela  Teorema.
Ao ficcionar uma aldeia alentejana em finais do século XIX - na qual judeus, árabes e cristãos andam às turras e os mitos ganham terreno à realidade -, Carlos Campaniço oferece-nos uma galeria de personagens inesquecíveis, que vão de um anarquista à dona de um bordel ambulante, e recicla de forma original o realismo mágico para revisitar as virtudes e os defeitos das pequenas comunidades rurais do nosso Portugal.









































Exposição em Aljustrel sobre Manuel Ribeiro



Uma exposição com documentos inéditos do espólio do escritor baixo-alentejano Manuel Ribeiro pode ser apreciada a partir desta segunda-feira, 2, na vila de Aljustrel.
A exposição "Manuel Ribeiro, o trabalho e a cruz", que vai estar patente ao público até 30 de Dezembro, na sala polivalente da Biblioteca Municipal de Aljustrel, resulta da homenagem que a Biblioteca Municipal de Beja quis prestar ao escritor, que nasceu em Albernoa.
Através da exposição, que tem vindo a ser divulgada em várias bibliotecas, são dados a conhecer "documentos inéditos do espólio de Manuel Ribeiro" e dos quais a Biblioteca Municipal de Beja é fiel depositária, explica a Câmara de Aljustrel.
Poeta, romancista, jornalista, activista político e também um dos mais destacados militantes anarco-sindicalistas da Primeira República, Manuel Ribeiro foi um dos precursores do neo-realismo e um dos primeiros a introduzir na literatura a linguagem e as vivências da cultura alentejana, refere a autarquia.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Feira do Livro da Biblioteca Municipal João Dubraz

Notícia de: Rádio Campo Maior

Começa ontem, dia 3 de dezembro, a Feira do Livro da Biblioteca Municipal João Dubraz, em Campo Maior.
O evento decorre até ao próximo dia 7 de dezembro e tem agendadas várias atividades, tendo sempre o livro como pano de fundo.
A abertura da Feira do Livro é hoje, às 16h30, e às 21h há serão de contos.
Amanhã, quarta-feira, dia 4, várias escolas visitam a feira para encontros com a escritora Sílvia Alves, seguindo-se peças de teatro.
Na quinta-feira, dia 5, há atividades para crianças de vários colégios e na sexta-feira, dia 6, apresenta-se o livro de Jorge Serafim “A minha boca parece um deserto”.
Finalmente no sábado, dia 7, é a vez da autora Carminda Contradanças ler contos e de Diogo Teixeira apresentar o seu livro “Sebenta esquecida, de Tomé cabeça na lua”.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Amor e Liberdade de Germana Pata-Roxa" de Fernando Évora

Gostei muito de ler este livro, que se trata de um conjunto de contos com referências a lugares que tão bem conheço e com os quais me identifico, no Alentejo e Algarve, sendo que ler estes contos foi um modo de recordar estes locais e de reviver as suas histórias e costumes.

Passo à crítica a cada um dos contos:

- Cérebro.
No fundo, uma ironia. Neto cientista de um outro cientista, sem nostalgia pela presença do avô num momento alto da sua carreira. Mas talvez seja mesmo melhor o avô estar morto e nunca ficar a saber a descoberta do neto, que alimenta ideologias opostas às suas, mas que afinal derivaram das ideias do avô.

- Caricas Roxas.
Episódio cómico da infância, onde se vê entrelaçar a narrativa com os acontecimentos dos anos 70 em Portugal, sem deixar de transmitir sentimentos de infância que são intemporais.

- Na casa da dona Alzira.
Antigos inquilinos de uma casa reencontram-se, sendo que tal serve para contar um pouco do tempo que partilhavam casa e um pouco dos seus destinos depois disso.

- Natal.
Um conto de Natal com alguns clichés mas que é delicioso: por ter muito humor, personagens castiças, situações caricatas. E uma epifania final, natalícia, claro.

- Liberdade.
Há tanto tempo que não me ria tanto a ler... O conto é uma união perfeita entre encontros e desencontros amorosos de um apaixonado a agir como um típico tonto "emburrecido" e um conjunto de aspectos e identificáveis para que conhece Vila Real de Santo António e Monte Gordo. Sempre com bom humor, excepto mesmo no final, que destoou um pouco com o conto.

- Sucesso.
Através das suas recordações de infância ficamos a conhecer o inesperado percurso de vida de um colega seu. Não esquecer o testemunho histórico e de cultura regional que o conto é.

- Epílogo.
Filosófico e com reflexão, faz ligação aos contos anteriormente, se bem que às vezes de forma forçada.

Amor e Liberdade de Germana Pata-Roxa
Esfera do Caos, 2012
978-989-680-070-3
Amor e Liberdade de Germana Pata-Roxa é um quase livro de contos, que se fundem num final surpreendente. Contos que foram escritos ao longo dos anos, desde 1999 a 2012. Poderemos encontrar aqui os premiados "Caricas roxas" e "Na casa da Dona Alzira", únicos que haviam antes sido publicados na revista "sublimis". Todavia é nos restantes, inéditos, que melhor encontramos a marca do autor. Uma galeria de personagens divertida e, simultaneamente, inquietante.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

"Memórias de uma mina - Rossio de S. Sebastião" de Miguel Rego


No local onde aos vinte dias do mês de Janeiro decorre a Feira do Pau Roxo funcionou, durante quase cem anos, a mina do Rossio do Santo, ou de S. Sebastião. Dali se extraiu galena e chumbo durante alguns anos e barite, ou barita, ao longo de mais de sessenta anos. Tendo funcionado até 1962/1963, da mina do Rossio do Santo hoje pouco mais resta que umas escassas memórias de alguns trabalhadores. Em particular dos mais jovens que ali começaram a trabalhar com onze, doze, treze anos. São algumas dessas memórias que nos são trazidas por alguns desses antigos mineiros do Rossio do Santo que serão mostradas em Entradas, no Museu da Ruralidade.

Esta edição, da responsabilidade da Câmara Municipal de Castro Verde e da ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A., foi editada no âmbito do Programa de Cooperação Transnacional Atlanterra, e dá a conhecer parte da realidade mineira do concelho de Castro Verde, evocando a memória de uma comunidade e uma parte da sua história com mais de 150 anos.

sábado, 30 de novembro de 2013

Grande Passatempo de Natal "Alentejo Literário"



17ª edição da Feira do Livro de Alcácer do Sal

daqui

ALCÁCER DO SAL – Cerca de 2.000 obras à venda com 15 por cento de desconto, worshops e animação musical e teatral são algumas das propostas da 17ª edição da Feira do Livro de Alcácer do Sal, que abre as portas no próximo domingo, dia 1 de dezembro, na biblioteca municipal, com a apresentação de um livro do conhecido contador de histórias Jorge Serafim. Pelo segundo ano consecutivo, à iniciativa associa-se a Mostra de Doçaria Tradicional de Natal, integrada no programa turístico Alcácer dos 5 Sentidos.
A feira do livro, uma iniciativa da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, tem início às 16h30 e, meia hora depois, Jorge Serafim apresenta a obra “A minha boca parece um deserto”, com texto do próprio e ilustrações de José Francisco. No dia 3 de dezembro, terça-feira, às 10h30 e às 14h30, Catarina Sobral apresenta o seu livro “Achimpa”, ao que se segue a oficina de ilustração “Achimpa aos quadradinhos”.
Nos dias 4 e 5 de dezembro, às 14h30, são apresentados os primeiros três livros da coleção infanto-juvenil “Lendas de Alcácer”, editados pelo Município. Os textos são de Cristiana Vargas e a ilustração tem a autoria de Bruno Pereira.
 Na sexta-feira, às 18 horas, abre a II Mostra de Doçaria Tradicional de Natal, que apresenta a tertúlia “A doçaria conventual em Alcácer do Sal”. Às 21h00, Maria Mirra Covers fará a animação musical.
No sábado, dia 7, no âmbito da mostra de doçaria, que tem início às 14h30, há um workshop para os mais pequenos: “Doceiros de palmo e meio”, com Mafalda Hilário, às 15h30. Às 21 horas, a animação musical fica a cargo do grupo In Tempo.
Domingo encerra a mostra de doçaria, mas há muita animação entre as 14h30 e as 19 horas, com os coros das universidades seniores do Torrão e de Alcácer do Sal e o workshop de doçaria tradicional de Natal, com Rita Fura Morgado, às 16h30.
Dia 11 de dezembro, quarta-feira, às 10 horas e às 14h30, tem lugar o espetáculo “Afinal o Caracol”, pela Associação Andante, com a atriz Cristina Paiva. Trata-se de uma apresentação para crianças com idades entre os três e os cinco anos, baseada na poesia de Fernando Pessoa, com música de Joaquim Coelho e ilustrações de Mafalda Milhões.
No sábado, dia 11 de dezembro, às 17 horas, é apresentado o livro “A segunda morte de Anna Karenina”, de Ana Cristina Silva. Pelas 21 horas, a animação musical é com o grupo The Germs – Cover Band.
Dia 15, domingo, a encerrar o certame, há às 17h a apresentação do livro “Esquecidos”, o segundo volume da saga “Perdidos”, pela autora Rute Canhoto e tendo como oradora convidada Helena Faustino.
A 17ª Feira do Livro de Alcácer do Sal está aberta ao público de segunda a quinta-feira, entre as 10 e as 19 horas, encerrando para almoço entre as 12h30 e as 14h30. Às sextas-feiras, sábados e domingos, há horário alargado de acordo com as atividades já referidas.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Esquecidos de Rute Canhoto




FICHA TÉCNICA

Título: Esquecidos
Autor: Rute Canhoto
1ª edição
Impressão: Euedito
Local de Impressão: Vila Nova de Gaia
Data de impressão: Novembro de 2013
Depósito Legal: 364879/13
ISBN: 978-989-98352-1-4


Capa
Imagem: Ljilja Moonchild 
Lettering: Rute Canhoto
 
 


ONDE COMPRAR


» Para adquirir o seu exemplar, basta enviar um e-mail para rutecanhoto1@gmail.com a solicitar o seu exemplar, que será enviado autografado e com um marcador de livros. Os modos de pagamento podem ser transferência bancária ou à cobrança via CTT (ao que acresce os portes de envio).


* Site da Euedito


- versão impressa:




- versão ebook:




* Smashwords:




* Em breve na Amazon.
 


FICHA NO GOODREADS:




 
SINOPSE


Depois da tempestade que virou a vida de Marina do avesso, veio a bonança junto de Lucas. Eles só queriam ser esquecidos pelo Inferno, mas Marina é alvo de uma maldição que pode pôr termo à sua existência e que acabará por arrastar de forma inevitável os seus amigos para aquela realidade retorcida. Lucas tenta preparar-se para a batalha, mas está enfraquecido e não consegue entrar no submundo. É então que chega Záfira, uma Perdida que tem como prato mais desejado a vingança e que alega ter sido enganada e morrido por amor a Lucas. O casal, de relação abalada, precisa de ajuda e vai encontrá-la no misterioso e enigmático Ezequiel, cujos conhecimentos justificarão inclusivamente a essência e a irresistível atração entre Marina, Lucas e Joshua, numa reviravolta que tudo põe em causa. 
Este é o segundo volume da trilogia Perdidos, uma série na qual coração e razão entram em conflito. Nem sempre o que gostaríamos de ter é o melhor para nós. Mas e se o que nos dizem não ser bom para nós, é exatamente aquilo de que precisamos? Viver implica correr riscos, demasiado grandes às vezes.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

29ª edição da Feira do Livro de Grândola

(retirado daqui)


. De 29 de novembro a 8 de dezembro
Grandes clássicos da literatura ou as mais recentes novidades do universo das letras estão em exposição e venda na 29ª edição da Feira do Livro de Grândola, que abre ao público na próxima sexta-feira (dia 29) às 21h, na Biblioteca Municipal.

Até 8 de dezembro, a Feira do Livro que este ano conta com a participação de 50 editoras, proporciona a aquisição de livros a preços especiais, e muitas promoções. Os “Livros do Dia” nas secções adulto, juvenil e infantil, que apresentam um desconto de 10% sob o preço de feira, ou um “Fundo de Catálogo” - edições mais antigas de alguns títulos – a preços mais reduzidos, são exemplo.

Com a arte nas palavras, a Feira do Livro tem uma programação paralela com sessões de apresentação de livros com a presença de vários autores, sessões de animação do livro e da leitura para todos, teatro para bebés e crianças com Cristina Paiva e a Associação Andante e o “Ciclo Venha Ler Cinema”. A feira apresenta também um espaço especialmente decorado e dirigido às crianças, com muitos livros para os mais novos.

Destaque no dia 1 de dezembro às 17h, para a sessão de apresentação do livro “O Poder Angolano em Portugal – presença e influência do capital de um país emergente”, com a presença do autor Celso Filipe, subdiretor do Jornal de Negócios, e apresentação a cargo de Nicolau Santos, diretor adjunto do semanário Expresso.

O “Ciclo Venha Ler Cinema” no Cine Granadeiro Auditório Municipal apresenta duas sessões no dia 1 de dezembro: “Ernest et Célestine” (15h) um aclamando filme de animação com argumento de Daniel Pennac, e “Thor: O Mundo das Trevas” (21h) baseado na personagem da Marvel, editora de banda desenhada. “Hannah Arendt” é a proposta para dia 4 às 21h. Filme sobre a filósofa e autora de uma importante obra de teoria politica (1906-1975) e a sua reflexão sobre o holocausto. O “Ciclo Venha Ler Cinema” encerra com “Os Filhos da Meia-Noite”, um filme baseado no romance homónimo de Salman Rushdie, com exibição agendada para dias 7 e 8 às 21h.

Horário da Feira do Livro:
2ª a 6ª feira das 09h30 às 20h
Sábado e Domingo das 15h às 20h

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Dos Campos de Ourique às Batalhas de Albufeira de Alcino Ferreira


capa 

“Dos Campos de Ourique às Batalhas de Albufeira” é uma história verídica, embora romanceada, da vida de Manel Jacinto, um jovem trabalhador rural alentejano nascido em Garvão, no concelho de Ourique, a 4 de fevereiro de 1938. A obra relata o seu percurso de vida, as dificuldades por que passou, a persistência e tenacidade com que perseguiu os seus sonhos, desde o Alentejo, passando por Albufeira, Lisboa, Índia e que de regresso ao seu país “apesar de nunca ter conseguido obter licença de condução de automóveis, comboios ou barcos como sempre desejou (…) continua a tripular a sua bicicleta e a acreditar que amanhã será outro dia que é preciso vencer”.
(informação daqui)

Alcino Ferreira é o autor da história, publicada pela Corpos Editora que que na contracapa refere que “estas e outras leituras como as descritas no livro pelo seu autor são cenas da vida real que a todos interessa conhecer, sendo a nossa obrigação proceder à sua divulgação para que sirvam de exemplo, vivos ou mortos, de abnegação, de sacrifícios que, por vezes, a vida nos ensina. Além disso, todos nós vivemos um tempo de provação entre o que é e o que deve ser tendo presente esses tempos difíceis em que vivemos. Como é bem fácil de ver, o autor neste livro, dá-nos conta de numerosos exemplos que nos fazem pensar entre o que era e o que é, e servirão sempre para acrescentar alguma coisa à nossa experiência de vida e sobretudo à possibilidade de enriquecer a humanidade”.
Alcino dos Santos Paula Ferreira é natural do concelho de Tabuaço, Trás-os-Montes e Alto Douro, e é licenciado em Administração e Gestão de Empresas, Psicologia Social e do Trabalho e em Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras. Foi oficial miliciano do Exército com comissão de serviço em Moçambique e teve participação ativa no 25 de Abril. Foi Inspector Tributário, Diretor do Centro de Estágios de Desportistas da Cruz Quebrada, Coordenador do Centro de Alto Rendimento do Jamor para alimentação e alojamento e Coordenador do 3.º Quadro Comunitário de Apoio – Medida Desporto para a região de Lisboa e Vale do Tejo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade de António Manuel de Venda





Retirada daqui a informação sobre a reedição do livro do autor residente em Montemor


terceira edição do livro «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade», de António Manuel de Venda, vai ser lançada no dia 15, domingo, às 17 horas, em Monchique, no Longevity Wellness Resort.
Publicado originalmente em finais de 1996 pela Editora Pergaminho, de Mário de Moura, e distinguido com o prémio «Revelação Inasset», do Centro Nacional de Cultura, «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade» esgotou rapidamente.
Foi republicado em 1997, tendo a nova edição acabado por esgotar também.
Esta terceira edição, que conta com o apoio das três juntas de freguesia do concelho de Monchique, (Monchique, Marmelete e Alferce), visa disponibilizar novamente aos leitores o conjunto de contos escrito entre 1988 e 1990 por António Manuel Venda e alguns anos depois tão bem acolhido pela crítica especializada.
Depois será a vez do lançamento de Lisboa e de o livro chegar às livrarias. Mas quem quiser pedi-lo já pode fazê-lo diretamente para a editora, a Just Media, por e-mail: geral@justmedia.pt.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Feira do Livro de Mértola

A Feira do Livro de Mértola terá lugar de 21 a 30 de novembro, no salão dos Bombeiros de Mértola.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A minha boca parece um deserto de Jorge Serafim

(via Rádio Pax)


Jorge Serafim apresenta esta tarde o seu último livro “A minha boca parece um deserto”. A obra tem ilustrações de José Francisco.
O autor explicou à Rádio Pax que o título da história é da autoria da filha e surgiu numa viagem a Cabo Verde onde foi contar histórias. Segundo Jorge Serafim a obra tem uma escrita “muito adulta e poética” ainda que a ilustração possa remeter para um universo infantil.
O autor referiu que é uma criança quem conta esta história sobre a ansiedade da família ao deparar-se com a escassez de água. “É uma história surrealista” onde para ajudar o pai, a criança tem a ideia de semear água, adiantou Jorge Serafim.
A apresentação do livro tem lugar às 18h30 na Biblioteca Municipal de Beja.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Jardim Separado de Luisa Demétrio Raposo

"No “Jardim Separado” as carnes nos ulmos das seivas faíscam, bélicas, correm contra os bosques, contra a febre monstruosa, a que lavra íntima, o foder, que referve o meu desnudo sentir. Os actos abismam-se de dentro do seu próprio cheio maiúsculo, as carnes trémulas o libertam à espera de palato, da língua, da boca atenta, sugam-se as carnes ora pelas costas ora pela ponta dos orifícios e lambem-se os alvoroços abertamente escuros na defloração das inúmeras bocas que um corpo feminino possui."

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Memórias literárias da guerra colonial de Francisco do Ó Pacheco


Opinião de Efeito dos Livros: "Os demónios de Álvaro Cobra" de Carlos Campaniço ...

daqui: Efeito dos Livros: "Os demónios de Álvaro Cobra" de Carlos Campaniço ...:

"Quando Álvaro Cobra a despiu com os seus dedos grossos e desajeitados e a pôde, finalmente, ver nua sobre a cama, pensou que se tratava de um milagre, num tempo em que já não havia milagres sobre a Terra, por se ter esgotado a capacidade inventiva dos santos ou a benevolência pedregosa dos homens. Todavia, do mal dos divinizados não padecia o lavrador Álvaro Cobra, que possuía uma imaginação sem arreios..."
Carlos Campaniço oferece-nos uma galeria de personagens inesquecíveis, que vão de um anarquista à dona de um bordel ambulante, e recicla de forma original o realismo mágico para revisitar as virtudes e os defeitos das pequenas comunidades rurais do nosso Portugal.
Tendo como editora, Maria do Rosário Pedreira, a obra de Carlos Campaniço foi editada em Abril de 2013 pela Teorema, chancela do Grupo Leya. O mesmo título foi destacado com o Prémio Literário Cidade de Almada 2012


É nessa imaginação sem arreios que Carlos Campaniço traz até ao leitor um livro que é puro deleite. Este «Os demónios de Álvaro Cobra» é uma preciosidade tal qual o seu Alentejo, na aldeia de Medinas, e que lhe serve de pano de fundo para todas as maleitas dos Cobra, uma família cheia de eventos e raridades que tocam o bizarro.

O retrato rural, mágico e até surreal do nosso Alentejo é muito bem recheado com personagens assombrosas e dignas de "se lhe tirarem o chapéu". Se o próprio Álvaro Cobra é uma achado, a avó centenária não lhe fica atrás ou a irmã brasa, mesmo meio morta, não deixa de dar mais vivacidade à história.

Se as maleitas e enguiços associados à tenacidade ímpar dos Cobra é por si só dúbia, junte-se ainda, cristãos (precocemente convertidos), árabes e judeus, tudo em ampla convivência, num Alentejo que se reinventa por entre cultos pagãos para uma nova fé monoteísta!? 

Para além de religião e culto, encontramos também lendas e mitos associados não só às tradições populares alentejanas, como também do cunho cultural e geográfico herdado da ocupação árabe. O próprio autor afirma a necessidade de se escrever sobre o que se sabe, passando assim ao leitor uma maior credibilidade e conferindo um papel mais forte e real a toda a história.

Apesar de toda a magia que envolve e caracteriza o desfile de personagens deste romance, reconhecem-se nos traços pessoais de muitos deles, muitos de nós, actuais ou antepassados, demonstrando uma óptima análise do ser-se português nas palavras rebuscadas e sonhadoras do autor.

Carlos Campaniço brinda às gentes da aldeia e presta-lhes uma homenagem. É nesta passagem de testemunho que se imortaliza a tradição oral das estórias das gentes, das bichanisses que se cochicham e das histórias orelhudas, que de tanto serem contadas passam a ser verdadeira. Apesar de negra, a história é rica em graciosidade. É a linguagem, é a forma como o autor enlaça os acontecimentos e as personagens, conferindo, mesmo aos regionalismos mais brutos uma certa magia que os tornam belos.

É quase impossível destacar partes deste livro, pois são inúmeras e tenho o livro todo etiquetado, mas existem frases que são verdadeiras tiradas de mestre e nos transportam para uma outra dimensão de pensar a realidade. A ideia da solidão da morte e de o morto (o pai Cobra) não conseguir conviver com essa mesma solidão. Ou o recuo do exército de sapos, não pelos desígnios de deus, mas pelas mezinhas de nómada de Clarinha. Talvez a piada com o nome do padre Jesuíno (Je, do pai e suíno da mãe) ou outras tantas, sejam ainda mais do que o são, se lermos as entrelinhas... a religião pensada com o pragmatismo das gentes simples e que procuram a paz na opinião alheia... a importância de Miss Margot e os pares de pernas de deusas que vêm aliviar as noites... neste livro até o sexo tem cheiro a terra e os dissabores brutos das intempéries.

A própria ligação dos personagens à terra ou a comunicação paranormal com os animais, vista como bruxaria em algumas vezes, mas solução divina, quando assim é preciso. A divagação sobre o credo e tendências de culto tida nas páginas 94 e 95 é simplesmente deliciosa e por certo um pouco de todos nós se revê nalguma daquelas imagem - afinal de contas quem é não vai à apanha da espiga e põe o raminho atrás da porta!?

Em suma, os demónios que apoquentam Álvaro Cobra podem ser os que atormentam qualquer homem, nem santo nem bruxo, esta é uma história dos homens, onde a fé, a dor, o amor, a solidão, a morte, a tristeza e a alegria convivem todos os dias, tornando-nos parte da terra, parte do pó dos dias!


Este livro chamou-me pela primeira vez à atenção pelo título, depois o amigo e conselheiro de leituras Jorge Navarro leu e recomendou e logo de seguida, também Mário Rufino, leu e destacou e como tal, não me poderia passar ao lado. Mais tarde apanho também a entrevista que aconteceu antes do lançamento e na qual gostei bastante de ouvir o autor.
Neste Verão chegou a oportunidade de o ler e fico muito feliz de só agora me despedir dele, revisitando-o e escrevendo sobre ele, pois foi mais uma oportunidade de saborear algumas das passagens que fui destacando.

Para quem ainda não leu, leia! Boas Leituras.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sem Óculos Cor-de-Rosa de Ana Paula Figueira

Este livro, que conta com ilustrações de Susa Monteiro, dirige-se a um público infantil mas também ao leitor com mais idade. (Re)visita o Alentejo desde o princípio do século passado até aos dias de hoje. Foi concebido por forma a procurar chamar a atenção para profissões ligadas à produção livreira que deixaram de ser economicamente viáveis face ao fenómeno da massificação.

Ana Paula Figueira afirma que este seu livro “presta” homenagem ao Alentejo.

domingo, 3 de novembro de 2013

Centro dedicado ao livro infantil abre em Beja

Três mil documentos da biblioteca da escritora Natércia Rocha, falecida em 2004, foram doados para a primeira estrutura do género em Portugal.
O livro como ponto de partida e como ponto de chegada. O papel dos mediadores de leitura que têm a tarefa de orientar leitores para que se tornem autónomos. Mediadores, investigadores, técnicos atentos, especialistas interessados, famílias. É a pensar em todos que o primeiro centro nacional dedicado ao livro infantil e juvenil abre as portas amanhã, na Biblioteca Municipal de Beja. Cerca de três mil documentos doados pela família da escritora de livros infantis Natércia Rocha, que faleceu em maio de 2004, dão vida a este local.

"A doação foi feita pouco tempo depois da morte da autora", revela Cristina Taquelim, técnica da Biblioteca de Beja. Ao espólio da figura da literatura nacional, junta-se mais material entretanto adquirido pelo espaço público de leitura, para reforçar um serviço que quer ser uma referência nacional. Nesse sentido, compraram-se livros mais recentes, portugueses e estrangeiros, bem como documentação mais atual ligada à psicopedagogia da leitura e escrita.

O sonho é antigo. A cedência de um rico espólio de uma escritora, investigadora e especialista em livros e bibliotecas para crianças foi a cereja em cima do bolo para o arranque do Centro do Livro Infantil e Juvenil. "Pretendemos ter um serviço informativo e de investigação importante para técnicos, mediadores de leitura", explica Cristina Taquelim. São também estes "atores" que podem ajudar o próprio centro a "crescer" e a dinamizar outras atividades, resultantes da partilha de experiência e de saberes, para uma rede de leitura mais enriquecedora. Promover planos de formação contínua na área está igualmente na agenda. "Queremos também colocar Beja no mapa dos centros de formação do país", acrescenta a responsável.

A leitura para além da escola. Os pais como mediadores de leitura. Investigadores e técnicos interessados no tema. O livro infantil no centro das atenções. Repensar e analisar critérios para a escolha da literatura desde que os olhos começam a ler. Saber escolher, saber orientar, ajudar, para que depois os leitores caminhem pelos próprios pés. "Pensar com mais profundidade o que se faz", no âmbito de um programa dedicado a uma rede de leitura saudável. Cristina Taquelim realça a missão dos mediadores de leitura para gente interessada na literatura. "Já não basta contar histórias, ter horas do conto. É preciso que o livro seja o ponto de partida e o ponto de chegada", defende. "Queremos criar um serviço que corresponda às necessidades dos mediadores e repensar o nosso setor infantil, para que seja o mais possível adequado aos mais pequenos", justifica.

O Centro do Livro Infantil e Juvenil abre às visitas no dia 19 de setembro, a partir das 18h30. À noite, pelas 21h30, é feita uma homenagem a Natércia Rocha, autora de uma vasta obra individual e da Coleção 1001 Detetives, em parceria com Carlos Correia e Maria Alberta Menéres. O momento conta com "dois companheiros de estrada" da escritora de Uma nuvem entre telhados e que chegou a manter uma regular colaboração na revista Rua Sésamo. António Torrado e Rui Marques Veloso marcam presença nesse encontro, no qual será exibido um documentário sobre Natércia Rocha, produzido propositadamente para o dia, com um "apoio expressivo" da Fundação Calouste Gulbenkian.

O livro como protagonista. Oficinas da narração, oficinas de mediação leitora, um festival da narração, estafeta de contos, ateliers de leitura e escrita para jovens são algumas das atividades da nona edição de "Palavras andarilhas", organizada pela Biblioteca de Beja. De 20 a 22 de setembro, um dia depois da abertura do Centro do Livro Infantil e Juvenil, o espaço recebe cerca de 300 mediadores de leitura, nacionais e internacionais.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Odemira premeia obra literária sobre igualdade entre homens e mulheres

 (daqui)

 Contos e poesias podem ser entregues até ao final de novembro
Odemira premeia obra literária sobre igualdade entre homens e mulheres

A Câmara de Odemira está a promover um concurso literário cujo tema é a igualdade entre homens e mulheres, podendo os trabalhos, nos géneros conto e poesia, ser entregues até final de novembro, divulgou hoje o município.
A iniciativa, cujo prémio tem um valor de 400 euros, tem como objetivo “promover a reflexão sobre a situação e participação das mulheres e dos homens na sociedade atual”, refere a autarquia.
Podem concorrer autores de qualquer nacionalidade, desde que as obras sejam apresentadas em língua portuguesa, devendo também abordar o tema da igualdade de género, ser inéditas e nunca terem sido premiadas anteriormente.
A entrega dos textos, de conto ou de poesia, decorre até ao dia 30 de novembro.
Segundo o regulamento da iniciativa, as obras serão apreciadas por um júri composto por três elementos, que poderá atribuir menções honrosas, além do primeiro lugar, caso a qualidade dos trabalhos o justifique.
A divulgação dos vencedores será feita em janeiro do próximo ano, referiu a autarquia em comunicado.
O concurso “Odemira Literária” é promovido pelo município alentejano, no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade de Género, com financiamento estatal e comunitário e gestão da Comissão para a Cidadania e Igualdade.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cantora cipriota Vakia Stavrou canta duas letras da autoria de José Luís Peixot

(daqui)
A cantora cipriota Vakia Stavrou canta duas letras da autoria de José Luís Peixoto no seu último álbum, intitulado "Anemóessa".

Um desses temas é "O meu peito diz":




A audição de excertos e a aquisição do álbum é possível AQUI.


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Stories do Alentejo", coordenação de Luis Miguel Ricardo

Coordenador: Luís Miguel Ricardo
Autores: Antónia Luísa Silva, Dora Gago, Fernando Évora, Joaninha Duarte, José Teles Lacerda, Luís Miguel Ricardo, Manuela Pina, ;Maria Ana Ameixa, Maria Morais, Miguel Brito de Oliveira, Miguel Morais, Vítor Encarnação.
Editora: Lugar da Palavra


Teaser (sinopse)
Quando os aviões comerciais começaram a rasgar os céus da planície, Zé Aranha, guardador de gado e criador de sonhos, detetou a lacuna e arquitetou o plano de resgate ao desconhecimento dos forasteiros. Idealizou um manual de exploração de itinerários ao sul, imaginou um guia de promoção de saberes alentejanos e, com a inusitada colaboração do compadre Joaquim Zorro, fez nascer as Stories do Alentejo. Treze contos contados por contadores alentejanos, que nos conduzirão aos recônditos mais mágicos e às tradições mais genuínas do imenso Alentejo.


O Projeto
Stories do Alentejo é um projeto editorial (livro), inserido na valência de «Literatura de Viagens», que tem por principal objetivo a promoção do Alentejo (nas vertentes: paisagem natural, arquitetura, tradições, gastronomia, canto e falares) através da magia do conto contado por contadores alentejanos de reconhecido mérito.
São 12 autores e a cada um foi atribuída uma ou mais sub-regiões do Alentejo (de acordo com fatores de ordem motivacional, afetivo e de conhecimento territorial), sendo sua missão criar uma trama dentro desse espaço geográfico. Uma trama, que para além de possuir todos os ingredientes essenciais à narrativa ficcional, constitua também uma proposta cultural e turística para os leitores.
Os locais mais emblemáticos onde se desenvolvem as ações ficcionais estão identificados por coordenadas de GPS.


Os Liks
da página oficial: https://www.facebook.com/StoriesdoAlentejo

filme facebook: http://www.youtube.com/watch?v=SGkYmErHglY

domingo, 27 de outubro de 2013

Guiné-Bissau: As minhas memórias de Gabu” de José Saúde

“Nesta obra relato factos verídicos por mim vividos enquanto prestei serviço militar obrigatório, sendo o meu destino final uma comissão na Guiné, numa fase em que a guerra atormentava o mais incauto comum dos mortais. Felizmente tive, aliás, tivemos, a sorte de nos depararmos com dois tempos diametralmente opostos: a guerra e a paz.”
(o autor in “Guiné-Bissau: As minhas memórias de Gabu”).