segunda-feira, 30 de setembro de 2013

X Feira do Livro de Marvão

Feira do Livro webO Município de Marvão convida-o a visitar a X Feira do Livro, que decorre de 4 a 14 de Outubro, na Casa da Cultura – Câmara Velha, entre as 9h30 e as 17h30. Na sexta-feira, dia 4, pelas 10h, o certame arranca com a apresentação do livro “A Fábrica do Tempo”, e uma sessão de autógrafos com a escritora Sílvia Alves.
  Esta Feira já faz parte do cartaz cultural do concelho, e pretende fomentar hábitos de leitura entre os marvanenses e os milhares de turistas que nos visitam durante o Festival Islâmico Al Mossassa, a decorrer em simultâneo, de 4 a 6 de Outubro.
 
(daqui)

sábado, 28 de setembro de 2013

Casa das Glicínias de "Lains de Ourém"

«A casa das Glicínias, território de afecto e ternura, dor e desencanto, amor e saudade, dádiva e apelo, é um belíssimo livro de poesia. O seu autor, ser humano fabuloso, mas real, abre-nos a sua intimidade e, corajosamente, mostra-nos que de facto é um homem, continente de emoções, que se comove, enternece e ri, determinado a agarrar a vida, optando por construir futuro com os alicerces da beleza, coragem, solidareidade, amor e, sobretudo, de memória, muita memória.
(...)
Adormece com os cantares solidários dos camponeses do sul, nos seus trajes lindos, que ainda conservam gravada a ferros a tristeza pela destruição do sonho Reforma Agrária. Se pudéssemos ir além desta espécie de aldeia gaulesa onde nos abrigamos, os que já hoje partilhamos tantas coisas boas, se pudéssemos ensinar a cada ser humano o Caminho das Aves. Se pudéssemos...»
Do Prefácio
de Pedro Namora

Título: Casa das Glicínias
Autor: Lains de Ourém (António Lains Galamba)
Edição de autor
ISBN: 978-989-20-4025-7
81 páginas

domingo, 22 de setembro de 2013

"O Quebra-Montras" de Ana Luiz

Sinopse:
Pedro era uma pessoa pacata que levava uma vida sossegada. Longe de ser perfeita ou de ser aquela que idealizara, a sua vida estava muito arrumadinha. Construíra uma fortaleza de rotinas que protegiam o seu ritualizado dia-a-dia. Até que um dia, uma ação irreflectida veio mudar tudo. De repente Pedro vê-se envolvido numa espiral de acontecimentos. Um verdadeiro turbilhão emocional apodera-se dele e vira a sua vida do avesso. Estará Pedro à altura dos acontecimentos?

Título: O Quebra-Montras
Editora: Pastelaria Studios
Autora: Ana Luiz
ISBN: 978-989-8629-42-5
Nº páginas: 87
 
Autora: Ana Luiz nasceu no Alentejo no ano de 1974. Filha de emigrantes, passou grande parte da sua infância em Londres, onde recebeu uma educação católica. Esses anos na Christ The King School e a continuação no Colégio Laura Vicuña em Portugal, foram decisivos na sua formação, e no desenvolvimento do seu gosto pelas letras.
Alma inquieta e curiosa, nunca foi capaz de se fixar apenas numa área de interesse.
A cinco meses de atingir a maioridade, ingressou na Força Aérea Portuguesa como voluntária, naquela que foi a primeira incorporação em Portugal com militares de ambos os sexos. Aí permaneceu durante seis anos, onde desempenhou funções na área das comunicações.
Após esta passagem pela vida militar, ingressou na banca onde permanece até ao presente, e onde desempenha funções na área da informática.
Em paralelo com a sua vida profissional, completou com distinção o curso de Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada), e um mestrado em Informática Aplicada à Sociedade da Informação e do Conhecimento, no ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa).
A leitura e a escrita desde sempre ocuparam um lugar na sua vida, enquanto passatempo. É fundadora e administradora do blogue literário Linked Books(www.linkedbooks.blogspot.pt).

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Caminhos Sinuosos de Clarinha Silva

Sinopse: 
Uma história veridica, com alguma ficção pelo meio.
História essa que se dá no século passado, numa província do Baixo Alentejo, concelho de Odemira, região onde as familias são muito numerosas, muito acentuada pelo fraco desenvolvimento económico, desertificação, analfabetismo, acima de tudo muito marcada pelo suicidio.
O drama vivido nesta familia ainda hoje corre nas veias dos descendentes, onde as marcas parecem jamais querem ser apagadas, um rasto marcado de pégadas em caminhos sinuosos...

Autora: Clarinha Maria José da Silva, nasceu a 24 de setembro de 1956, numa pequenina aldeia de nome: Chaiça de Madriz, no concelho de Odemira (Baixo Alentejo), filha de humildes agricultores, foi nascida e criada no meio do campo, é filha dos aromas, das cores e dos sabores do Alentejo. Desde muito cedo desenvolveu o gosto pelos livros, amante das artes, é apaixonada pela escrita. Habita em Silves. Em 2010 foi contemplada com o 3º lugar de poesia do Algarve, promovido pela Inatel de Albufeira. Autora de dois livros de poesia já publicados: “Estado de Alma” e o   “Melhor de Mim”. Agora lançou-se no desafio de escrever este belo romance. “ Caminhos Sinuosos” . Um novo já vem a caminho.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Opinião: Contos do Caneco, de Vários Autores



Contos do caneco é uma colectânea, apoiada pelo Clube dos Poetas Vivos, que reúne escritos de cinco autores com ligações ao Alentejo. Todos os contos versam sobre o Sudoeste Alentejano, em particular sobre o eixo Zambujeira do Mar – São Teotónio, localidades do concelho de Odemira, onde o Clube dos Poetas Vivos promove tertúlias.
Os contos, de fácil leitura, tendem para o bem-humorados, o caricato e o insólito, permitindo ao leitor momentos de lazer e evasão sem deixar de conhecer a zona, situações caricatas que habitualmente por ali acontecem e ainda, algumas personagens inspiradas em personalidades marcantes das ruas daquelas localidades.
Passo agora a uma pequena revisão de cada um dos contos:

Férias Quase Imperfeitas de Luís Miguel Ricardo – muitos são os jovens, como os protagonistas deste conto, que escolhem o Parque de Campismo da Zambujeira do Mar para umas merecidas férias e dias sem autoridade parental. Mas estes tiveram azar, por logo de início lhes “caga o cão no caminho”. Ora, sabe-se no Alentejo que é sinal de mau agoiro! Um dos meus contos preferidos, a que não faltou alguns dos habitués da Zambujeira, como os célebres Pão de Forma e os seus condutores hippies.

Boa Viagem de João Pedro Duarte – Que São Teotónio e Zambujeira do Mar servem de refúgio aos citadinos é demais conhecido por todos. Contudo, desta vez, um homem com uma crise de meia-idade não só se veio refugiar como veio à procura do pai, que não conhecia, e que parecia estar por aquelas bandas. Depois de um sem-fim de peripécias, enganos e mal-entendidos, termina a atirar seixos à água, tão bem como o seu companheiro de aventuras que por ali tinha conhecido, uma personagem caricata, sem dúvida inspirada em alguém daquelas terras…

Terno Tesouro de José Teles Lacerda – Um mancebo menos afortunado, e cuja presença parecia dar má sorte aos outros, é acolhido por um lavrador que, na máxima de muito trabalho e muita pancada acreditava que haveria de dominá-lo. Contudo as venturas e desventuras haveriam ainda de o beneficiar com a paz da natureza.

Paris Existe? de Fernando Évora – Que tem a ver Paris com o Sudoeste Alentejano? Talvez nada… quem os une é um emigrante, natural da zona, que tinha esquecido a sua origem por motivos de marketing, e também devido a um passado pouco simpático. Um conto que equilibra o trágico com o cómico, ao mesmo tempo que parodia, em conjunto, emigrantes, estrelas mediáticas instantâneas e homens em crise de meia-idade. Um dos meus contos favoritos.

A excursão de Vítor Encarnação – As excursões para a praia exigem que os viajantes se levante bem cedo. Mas neste caso nem todos os madrugadores ensejam o mar. António Nascimento vai à excursão dominado por uma série de amores e desamores que remontam à noite antes da partida para o ultramar. Mas as fantasias existiam só na sua cabeça, e o sol ainda haveria de lhe pregar uma partida.


Em Maio de 2013 o Clube dos Poetas Vivos reuniu, numa célebre tertúlia, cinco escritores cuja vida e obra estão, de algum modo, ligadas ao Alentejo. Os escolhidos foram Fernando Évora, João Pedro Duarte, José Teles Lacerda, Luís Miguel Ricardo e Vítor Encarnação. Foi um fim-de-semana de conversas com leitores, trocas de opiniões, passeios, petiscos e muito mais. Um fim-de-semana inspirador para que esses cinco autores viessem a escrever cinco contos cujo cenário são as terras de São Teotónio e Zambujeira do Mar. Cinco “Contos do Caneco”


Contos do Caneco
Autores: Luís Migue Ricardo, João Pedro Duarte, José Teles Lacerda, Fernando Évora, Vítor Encarnação
Depósito Legal: 362649/13
ISBN: 978-989-98522-0-4
Edição de Autor apoiada por Admira - Associação para o Desenvolvimento da Região do Mira
São Teotónio, Agosto de 2013 

sábado, 14 de setembro de 2013

Opinião: Às Vezes o Mar não Chega de Sofia Marrecas Ferreira



Apesar de ser um livro que se pode ler num ápice, a sua leitura demasiado rápida pode prejudicar a sua devida apreciação. A linguagem tende para o poético e está agradável e bem delineada. As mulheres, cujas acções e destinos são o centro da narrativa, por vezes confundem-se. Porém, uma leitura atenta, poder-nos-à fazer notar das diferenças subtis entre elas, dos seus relacionamentos e do modo como a autora fez tudo isto conjugar-se na linha narrativa.
As mulheres são o centro da história. Mulheres alentejanas, sofrem na vida as agruras do terreno. De origens campesinas, as diferentes gerações de mulheres que geravam mulheres não se conseguem afastar desta sina. Sempre ligado ao destino destas mulheres está uma família de estirpe masculina e nobre. Elas são a terra, eles os lavradores que as lavram e fazem delas gerar vida.
Conforme prossegue a leitura verificamos que as personagens estão presas numa espiral que se afunila sempre no mesmo destino. Contudo, o final em aberto deixa-nos a ideia que este ciclo pode ser quebrado. Por Amália, que afinal herdou a deficiência do lado masculino da família, de Violeta cuja saída do Alentejo significa uma quebra com a ligação com a terra, e Eugénia, que vai passar a dominar a vida de Leonardo após o acidente que o deixa incapacitado.




Sinopse:
«... Ambrósia suspeitou que o seu destino e o das mulheres do Monte das Pedras estavam para sempre ligados ao do Monte do Fidalgo, embora não soubesse exatamente como. Mas era uma coisa assim, um presságio que reconhecia e que pairava no ar, no desenho das estrelas, na respiração da terra, no palpitar das searas, nas nuvens do céu, nas lágrimas que entornava e que davam de beber às rãs. Por isso, pensava que Deus a queria ali, grande como um gigante e velha como um século, para olhar pelo futuro das três irmãs e, quem sabe, para protegê-las de si próprias.»

Três irmãs apaixonadas pelo mesmo homem. Uma jovem adolescente, Amália, que tem por única companhia a sua boneca Contratempo. Uma cigana centenária, Ambrósia, que tem o coração do tamanho do mundo e é capaz de ler nas suas próprias lágrimas as pulsões mais profundas daqueles que a rodeiam.

Sofia Marrecas Ferreira transporta-nos de novo a um mundo mágico e real, reconstituindo uma saga familiar que serve de suporte a uma reflexão literária sobre o encanto e as desilusões de uma cultura ancestral - a do Alentejo.
Às vezes o mar não chega
de Sofia Marrecas Ferreira
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 184
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04397-9


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Francisco Orelha apresenta livro “Traços de Uma Vida”


Em Cuba é hoje apresentado o primeiro livro de Francisco Orelha. “Traços de Uma Vida” é o nome da obra que retrata a vida pessoal, profissional e política do autarca.  
Francisco Orelha diz que este livro é um “testemunho” da sua vida, desde a infância até aos dias de hoje. Segundo o presidente da Câmara de Cuba o livro tem 351 páginas e levou cerca de 1 ano e meio a escrever. Francisco Orelha assegura que “nunca pensou escrever este livro”.
A apresentação está a cargo de Florinda Almeida. A sessão está agendada para as 18 horas no Centro Cultural de Cuba. A iniciativa conta com a participação do Grupo “A Moda Mãe” e de Nelson “Laranjo”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz inaugurada no Palácio Rojão

Via: Rostos.pt

Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz inaugurada no Palácio RojãoA Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz foi inaugurada ontem, dia 1 de setembro, após as obras de adaptação e beneficiação do Palácio Rojão. Na cerimónia esteve presente José Manuel Cortês, Diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.

O programa de abertura da biblioteca integrou atuações de artistas de Reguengos de Monsaraz, nomeadamente de Mário Moita, Ricardo Mendes, Maria Cristina Coelho, o quarteto de cordas Baccus e o grupo Fun4Farra, mas também teatro de marionetas com a peça “História da Carochinha”, pela companhia Era Uma Vez, e o lançamento do livro “No ensaio dos sentimentos”, do poeta Gabriel Raminhos.

Na inauguração da biblioteca foi apresentada a exposição de pintura “Livros, Autores, Personagens”, de Maria Varela, que vai estar patente durante este mês. Nesta mostra pode-se encontrar o livro em várias dimensões: o objeto físico, o conteúdo da obra, extratos ou passagens da obra, os personagens, os autores que encarnam os seus próprios personagens, imagens ou sensações que marcam, entre outras.

A exposição de Artes e Ofícios Tradicionais de Reguengos de Monsaraz tem agora um espaço na biblioteca municipal para que possa ser permanentemente apreciada pelo público. Atualmente está patente, entre outras peças, uma antiga tasca com pipas, potes e alfaias. A autarquia tem mais de meio milhar de peças cedidas por artesãos e colecionadores do concelho relacionadas com o vinho, a agricultura, os lanifícios, os lacticínios, o barro e os cobres, das quais se destacam talhas, charruas, arados de pau, potes e tarefas do século XIX, bombas manuais de trasfega de vinho, trilhos e um churrião do início do século XX.

A Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz tem mais de 30 mil livros. Todo o espaço exterior é dedicado à palavra, à leitura, ao silêncio e à fruição do envolvente edificado. Em termos de conceito, o fio condutor é um alfabeto que traduz letra a letra elementos que integram o concelho, conduzindo o visitante numa viagem cultural. Este alfabeto concretiza-se através da pintura nas fachadas do binómio letra/palavra, sendo que as 23 letras do alfabeto latino original foram a votos em discussão pública para que tivessem sido nomeadas todas as palavras que melhor representam a identidade do território.

Na biblioteca há alusões a todos os países de língua oficial portuguesa através de poemas e de vegetação oriunda desses países, mas também de referências materiais numa exaltação à língua portuguesa. A vegetação celebra ainda momentos importantes na história do livro, elevando os materiais que nos primórdios da civilização foram utilizados como matéria-prima para escrever, representando-se esta realidade com algumas plantas da China, Japão e India.

Em termos topográficos, o espaço exterior caracteriza-se por uma sucessão de pátios assumidos em diferentes cotas e comunicados através de rampas que garantem o livre acesso em todo o espaço. O Jardim da Metáfora é uma exaltação ao sonho para onde os livros e as estórias transportam os leitores, primando pela vegetação exuberante e apelativa, quer em termos de cor, quer em termos de odor. Neste espaço, os amores-perfeitos lembram o livro “Sonho de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, e o mais emblemático escritor português, Camões, numa ode ao elemento água.

O Jardim da Palavra é um local para recitais, teatro, cinema, música, entre outras artes. Neste espaço a palavra é o mote e dois palcos permitem a realização de diversos eventos. O Jardim do Silêncio é um auditório que pretende ser o espaço por excelência de leitura, mas também a plateia de todos os eventos artísticos e o espaço principal de contemplação do edifício e da cidade que espreita por rasgos circulares do muro que separa os visitantes dos outros pátios e lhes dá privacidade e silêncio.

O Palácio Rojão foi construído na primeira metade do século XIX para residência urbana da família Papança, que habitava no Monte das Vidigueiras. O palácio foi considerado uma construção arrojada para a época, pois, para além da inspiração que foi buscar ao estilo romântico, que na altura ditava a linha de construção dos grandes edifícios, denota também, ao nível da fachada, elementos de conceção mourisca.

O rés-do-chão é composto por 16 divisórias, onde sobressaem a elegante escadaria e a ornamentação das paredes do hall de entrada. O primeiro andar, a área nobre do edifício, dividia-o em 22 dependências. Dos 16 quartos originais pouco resta do período em que ali residiu a família Papança. A originalidade apenas perdura no magnífico salão nobre de colunatas, na sala dos frescos e na sala azul.

António Macedo de Papança nasceu a 18 de julho de 1852 no Palácio Rojão, pouco tempo depois da família Papança se ter instalado no edifício. Cedo revelou talento de poeta mas foi em Coimbra, onde estudou Direito, que consolidou o gosto pelas letras. Influenciado principalmente por Cesário Verde nos primeiros anos de contacto académico, tomou os caminhos da poesia pastoril, assente no bucolismo, na terra e na paisagem.

António Papança publicou o primeiro livro, “Crepusculares”, em 1876, com apenas 24 anos, e o último, “Musa Alentejana”, em 1908, cinco anos antes da sua morte. A sua consagração como poeta, segundo os críticos da altura, aconteceu na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, a 10 de junho de 1880, nas comemorações do terceiro centenário da morte de Luís de Camões, onde declamou o poema “Catarina de Ataíde” e foi longamente ovacionado pelos presentes na sala.

Ficou conhecido na altura, de acordo com o jornalista Augusto de Castro, como “um dos clássicos da nossa poesia moderna”. Contudo, a sociedade não aceitava que um nobre, letrado e rico, fosse poeta. António de Macedo Papança foi proprietário agrícola, advogado, deputado, Par do Reino, visconde, conde e membro de várias academias, mas foi sobretudo poeta. Este ilustre reguenguense foi homenageado na inauguração da biblioteca municipal na presença da sua neta, Maria Flávia de Monsaraz.