sábado, 30 de novembro de 2013

Grande Passatempo de Natal "Alentejo Literário"



17ª edição da Feira do Livro de Alcácer do Sal

daqui

ALCÁCER DO SAL – Cerca de 2.000 obras à venda com 15 por cento de desconto, worshops e animação musical e teatral são algumas das propostas da 17ª edição da Feira do Livro de Alcácer do Sal, que abre as portas no próximo domingo, dia 1 de dezembro, na biblioteca municipal, com a apresentação de um livro do conhecido contador de histórias Jorge Serafim. Pelo segundo ano consecutivo, à iniciativa associa-se a Mostra de Doçaria Tradicional de Natal, integrada no programa turístico Alcácer dos 5 Sentidos.
A feira do livro, uma iniciativa da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, tem início às 16h30 e, meia hora depois, Jorge Serafim apresenta a obra “A minha boca parece um deserto”, com texto do próprio e ilustrações de José Francisco. No dia 3 de dezembro, terça-feira, às 10h30 e às 14h30, Catarina Sobral apresenta o seu livro “Achimpa”, ao que se segue a oficina de ilustração “Achimpa aos quadradinhos”.
Nos dias 4 e 5 de dezembro, às 14h30, são apresentados os primeiros três livros da coleção infanto-juvenil “Lendas de Alcácer”, editados pelo Município. Os textos são de Cristiana Vargas e a ilustração tem a autoria de Bruno Pereira.
 Na sexta-feira, às 18 horas, abre a II Mostra de Doçaria Tradicional de Natal, que apresenta a tertúlia “A doçaria conventual em Alcácer do Sal”. Às 21h00, Maria Mirra Covers fará a animação musical.
No sábado, dia 7, no âmbito da mostra de doçaria, que tem início às 14h30, há um workshop para os mais pequenos: “Doceiros de palmo e meio”, com Mafalda Hilário, às 15h30. Às 21 horas, a animação musical fica a cargo do grupo In Tempo.
Domingo encerra a mostra de doçaria, mas há muita animação entre as 14h30 e as 19 horas, com os coros das universidades seniores do Torrão e de Alcácer do Sal e o workshop de doçaria tradicional de Natal, com Rita Fura Morgado, às 16h30.
Dia 11 de dezembro, quarta-feira, às 10 horas e às 14h30, tem lugar o espetáculo “Afinal o Caracol”, pela Associação Andante, com a atriz Cristina Paiva. Trata-se de uma apresentação para crianças com idades entre os três e os cinco anos, baseada na poesia de Fernando Pessoa, com música de Joaquim Coelho e ilustrações de Mafalda Milhões.
No sábado, dia 11 de dezembro, às 17 horas, é apresentado o livro “A segunda morte de Anna Karenina”, de Ana Cristina Silva. Pelas 21 horas, a animação musical é com o grupo The Germs – Cover Band.
Dia 15, domingo, a encerrar o certame, há às 17h a apresentação do livro “Esquecidos”, o segundo volume da saga “Perdidos”, pela autora Rute Canhoto e tendo como oradora convidada Helena Faustino.
A 17ª Feira do Livro de Alcácer do Sal está aberta ao público de segunda a quinta-feira, entre as 10 e as 19 horas, encerrando para almoço entre as 12h30 e as 14h30. Às sextas-feiras, sábados e domingos, há horário alargado de acordo com as atividades já referidas.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Esquecidos de Rute Canhoto




FICHA TÉCNICA

Título: Esquecidos
Autor: Rute Canhoto
1ª edição
Impressão: Euedito
Local de Impressão: Vila Nova de Gaia
Data de impressão: Novembro de 2013
Depósito Legal: 364879/13
ISBN: 978-989-98352-1-4


Capa
Imagem: Ljilja Moonchild 
Lettering: Rute Canhoto
 
 


ONDE COMPRAR


» Para adquirir o seu exemplar, basta enviar um e-mail para rutecanhoto1@gmail.com a solicitar o seu exemplar, que será enviado autografado e com um marcador de livros. Os modos de pagamento podem ser transferência bancária ou à cobrança via CTT (ao que acresce os portes de envio).


* Site da Euedito


- versão impressa:




- versão ebook:




* Smashwords:




* Em breve na Amazon.
 


FICHA NO GOODREADS:




 
SINOPSE


Depois da tempestade que virou a vida de Marina do avesso, veio a bonança junto de Lucas. Eles só queriam ser esquecidos pelo Inferno, mas Marina é alvo de uma maldição que pode pôr termo à sua existência e que acabará por arrastar de forma inevitável os seus amigos para aquela realidade retorcida. Lucas tenta preparar-se para a batalha, mas está enfraquecido e não consegue entrar no submundo. É então que chega Záfira, uma Perdida que tem como prato mais desejado a vingança e que alega ter sido enganada e morrido por amor a Lucas. O casal, de relação abalada, precisa de ajuda e vai encontrá-la no misterioso e enigmático Ezequiel, cujos conhecimentos justificarão inclusivamente a essência e a irresistível atração entre Marina, Lucas e Joshua, numa reviravolta que tudo põe em causa. 
Este é o segundo volume da trilogia Perdidos, uma série na qual coração e razão entram em conflito. Nem sempre o que gostaríamos de ter é o melhor para nós. Mas e se o que nos dizem não ser bom para nós, é exatamente aquilo de que precisamos? Viver implica correr riscos, demasiado grandes às vezes.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

29ª edição da Feira do Livro de Grândola

(retirado daqui)


. De 29 de novembro a 8 de dezembro
Grandes clássicos da literatura ou as mais recentes novidades do universo das letras estão em exposição e venda na 29ª edição da Feira do Livro de Grândola, que abre ao público na próxima sexta-feira (dia 29) às 21h, na Biblioteca Municipal.

Até 8 de dezembro, a Feira do Livro que este ano conta com a participação de 50 editoras, proporciona a aquisição de livros a preços especiais, e muitas promoções. Os “Livros do Dia” nas secções adulto, juvenil e infantil, que apresentam um desconto de 10% sob o preço de feira, ou um “Fundo de Catálogo” - edições mais antigas de alguns títulos – a preços mais reduzidos, são exemplo.

Com a arte nas palavras, a Feira do Livro tem uma programação paralela com sessões de apresentação de livros com a presença de vários autores, sessões de animação do livro e da leitura para todos, teatro para bebés e crianças com Cristina Paiva e a Associação Andante e o “Ciclo Venha Ler Cinema”. A feira apresenta também um espaço especialmente decorado e dirigido às crianças, com muitos livros para os mais novos.

Destaque no dia 1 de dezembro às 17h, para a sessão de apresentação do livro “O Poder Angolano em Portugal – presença e influência do capital de um país emergente”, com a presença do autor Celso Filipe, subdiretor do Jornal de Negócios, e apresentação a cargo de Nicolau Santos, diretor adjunto do semanário Expresso.

O “Ciclo Venha Ler Cinema” no Cine Granadeiro Auditório Municipal apresenta duas sessões no dia 1 de dezembro: “Ernest et Célestine” (15h) um aclamando filme de animação com argumento de Daniel Pennac, e “Thor: O Mundo das Trevas” (21h) baseado na personagem da Marvel, editora de banda desenhada. “Hannah Arendt” é a proposta para dia 4 às 21h. Filme sobre a filósofa e autora de uma importante obra de teoria politica (1906-1975) e a sua reflexão sobre o holocausto. O “Ciclo Venha Ler Cinema” encerra com “Os Filhos da Meia-Noite”, um filme baseado no romance homónimo de Salman Rushdie, com exibição agendada para dias 7 e 8 às 21h.

Horário da Feira do Livro:
2ª a 6ª feira das 09h30 às 20h
Sábado e Domingo das 15h às 20h

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Dos Campos de Ourique às Batalhas de Albufeira de Alcino Ferreira


capa 

“Dos Campos de Ourique às Batalhas de Albufeira” é uma história verídica, embora romanceada, da vida de Manel Jacinto, um jovem trabalhador rural alentejano nascido em Garvão, no concelho de Ourique, a 4 de fevereiro de 1938. A obra relata o seu percurso de vida, as dificuldades por que passou, a persistência e tenacidade com que perseguiu os seus sonhos, desde o Alentejo, passando por Albufeira, Lisboa, Índia e que de regresso ao seu país “apesar de nunca ter conseguido obter licença de condução de automóveis, comboios ou barcos como sempre desejou (…) continua a tripular a sua bicicleta e a acreditar que amanhã será outro dia que é preciso vencer”.
(informação daqui)

Alcino Ferreira é o autor da história, publicada pela Corpos Editora que que na contracapa refere que “estas e outras leituras como as descritas no livro pelo seu autor são cenas da vida real que a todos interessa conhecer, sendo a nossa obrigação proceder à sua divulgação para que sirvam de exemplo, vivos ou mortos, de abnegação, de sacrifícios que, por vezes, a vida nos ensina. Além disso, todos nós vivemos um tempo de provação entre o que é e o que deve ser tendo presente esses tempos difíceis em que vivemos. Como é bem fácil de ver, o autor neste livro, dá-nos conta de numerosos exemplos que nos fazem pensar entre o que era e o que é, e servirão sempre para acrescentar alguma coisa à nossa experiência de vida e sobretudo à possibilidade de enriquecer a humanidade”.
Alcino dos Santos Paula Ferreira é natural do concelho de Tabuaço, Trás-os-Montes e Alto Douro, e é licenciado em Administração e Gestão de Empresas, Psicologia Social e do Trabalho e em Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras. Foi oficial miliciano do Exército com comissão de serviço em Moçambique e teve participação ativa no 25 de Abril. Foi Inspector Tributário, Diretor do Centro de Estágios de Desportistas da Cruz Quebrada, Coordenador do Centro de Alto Rendimento do Jamor para alimentação e alojamento e Coordenador do 3.º Quadro Comunitário de Apoio – Medida Desporto para a região de Lisboa e Vale do Tejo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade de António Manuel de Venda





Retirada daqui a informação sobre a reedição do livro do autor residente em Montemor


terceira edição do livro «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade», de António Manuel de Venda, vai ser lançada no dia 15, domingo, às 17 horas, em Monchique, no Longevity Wellness Resort.
Publicado originalmente em finais de 1996 pela Editora Pergaminho, de Mário de Moura, e distinguido com o prémio «Revelação Inasset», do Centro Nacional de Cultura, «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade» esgotou rapidamente.
Foi republicado em 1997, tendo a nova edição acabado por esgotar também.
Esta terceira edição, que conta com o apoio das três juntas de freguesia do concelho de Monchique, (Monchique, Marmelete e Alferce), visa disponibilizar novamente aos leitores o conjunto de contos escrito entre 1988 e 1990 por António Manuel Venda e alguns anos depois tão bem acolhido pela crítica especializada.
Depois será a vez do lançamento de Lisboa e de o livro chegar às livrarias. Mas quem quiser pedi-lo já pode fazê-lo diretamente para a editora, a Just Media, por e-mail: geral@justmedia.pt.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Feira do Livro de Mértola

A Feira do Livro de Mértola terá lugar de 21 a 30 de novembro, no salão dos Bombeiros de Mértola.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A minha boca parece um deserto de Jorge Serafim

(via Rádio Pax)


Jorge Serafim apresenta esta tarde o seu último livro “A minha boca parece um deserto”. A obra tem ilustrações de José Francisco.
O autor explicou à Rádio Pax que o título da história é da autoria da filha e surgiu numa viagem a Cabo Verde onde foi contar histórias. Segundo Jorge Serafim a obra tem uma escrita “muito adulta e poética” ainda que a ilustração possa remeter para um universo infantil.
O autor referiu que é uma criança quem conta esta história sobre a ansiedade da família ao deparar-se com a escassez de água. “É uma história surrealista” onde para ajudar o pai, a criança tem a ideia de semear água, adiantou Jorge Serafim.
A apresentação do livro tem lugar às 18h30 na Biblioteca Municipal de Beja.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Jardim Separado de Luisa Demétrio Raposo

"No “Jardim Separado” as carnes nos ulmos das seivas faíscam, bélicas, correm contra os bosques, contra a febre monstruosa, a que lavra íntima, o foder, que referve o meu desnudo sentir. Os actos abismam-se de dentro do seu próprio cheio maiúsculo, as carnes trémulas o libertam à espera de palato, da língua, da boca atenta, sugam-se as carnes ora pelas costas ora pela ponta dos orifícios e lambem-se os alvoroços abertamente escuros na defloração das inúmeras bocas que um corpo feminino possui."

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Memórias literárias da guerra colonial de Francisco do Ó Pacheco


Opinião de Efeito dos Livros: "Os demónios de Álvaro Cobra" de Carlos Campaniço ...

daqui: Efeito dos Livros: "Os demónios de Álvaro Cobra" de Carlos Campaniço ...:

"Quando Álvaro Cobra a despiu com os seus dedos grossos e desajeitados e a pôde, finalmente, ver nua sobre a cama, pensou que se tratava de um milagre, num tempo em que já não havia milagres sobre a Terra, por se ter esgotado a capacidade inventiva dos santos ou a benevolência pedregosa dos homens. Todavia, do mal dos divinizados não padecia o lavrador Álvaro Cobra, que possuía uma imaginação sem arreios..."
Carlos Campaniço oferece-nos uma galeria de personagens inesquecíveis, que vão de um anarquista à dona de um bordel ambulante, e recicla de forma original o realismo mágico para revisitar as virtudes e os defeitos das pequenas comunidades rurais do nosso Portugal.
Tendo como editora, Maria do Rosário Pedreira, a obra de Carlos Campaniço foi editada em Abril de 2013 pela Teorema, chancela do Grupo Leya. O mesmo título foi destacado com o Prémio Literário Cidade de Almada 2012


É nessa imaginação sem arreios que Carlos Campaniço traz até ao leitor um livro que é puro deleite. Este «Os demónios de Álvaro Cobra» é uma preciosidade tal qual o seu Alentejo, na aldeia de Medinas, e que lhe serve de pano de fundo para todas as maleitas dos Cobra, uma família cheia de eventos e raridades que tocam o bizarro.

O retrato rural, mágico e até surreal do nosso Alentejo é muito bem recheado com personagens assombrosas e dignas de "se lhe tirarem o chapéu". Se o próprio Álvaro Cobra é uma achado, a avó centenária não lhe fica atrás ou a irmã brasa, mesmo meio morta, não deixa de dar mais vivacidade à história.

Se as maleitas e enguiços associados à tenacidade ímpar dos Cobra é por si só dúbia, junte-se ainda, cristãos (precocemente convertidos), árabes e judeus, tudo em ampla convivência, num Alentejo que se reinventa por entre cultos pagãos para uma nova fé monoteísta!? 

Para além de religião e culto, encontramos também lendas e mitos associados não só às tradições populares alentejanas, como também do cunho cultural e geográfico herdado da ocupação árabe. O próprio autor afirma a necessidade de se escrever sobre o que se sabe, passando assim ao leitor uma maior credibilidade e conferindo um papel mais forte e real a toda a história.

Apesar de toda a magia que envolve e caracteriza o desfile de personagens deste romance, reconhecem-se nos traços pessoais de muitos deles, muitos de nós, actuais ou antepassados, demonstrando uma óptima análise do ser-se português nas palavras rebuscadas e sonhadoras do autor.

Carlos Campaniço brinda às gentes da aldeia e presta-lhes uma homenagem. É nesta passagem de testemunho que se imortaliza a tradição oral das estórias das gentes, das bichanisses que se cochicham e das histórias orelhudas, que de tanto serem contadas passam a ser verdadeira. Apesar de negra, a história é rica em graciosidade. É a linguagem, é a forma como o autor enlaça os acontecimentos e as personagens, conferindo, mesmo aos regionalismos mais brutos uma certa magia que os tornam belos.

É quase impossível destacar partes deste livro, pois são inúmeras e tenho o livro todo etiquetado, mas existem frases que são verdadeiras tiradas de mestre e nos transportam para uma outra dimensão de pensar a realidade. A ideia da solidão da morte e de o morto (o pai Cobra) não conseguir conviver com essa mesma solidão. Ou o recuo do exército de sapos, não pelos desígnios de deus, mas pelas mezinhas de nómada de Clarinha. Talvez a piada com o nome do padre Jesuíno (Je, do pai e suíno da mãe) ou outras tantas, sejam ainda mais do que o são, se lermos as entrelinhas... a religião pensada com o pragmatismo das gentes simples e que procuram a paz na opinião alheia... a importância de Miss Margot e os pares de pernas de deusas que vêm aliviar as noites... neste livro até o sexo tem cheiro a terra e os dissabores brutos das intempéries.

A própria ligação dos personagens à terra ou a comunicação paranormal com os animais, vista como bruxaria em algumas vezes, mas solução divina, quando assim é preciso. A divagação sobre o credo e tendências de culto tida nas páginas 94 e 95 é simplesmente deliciosa e por certo um pouco de todos nós se revê nalguma daquelas imagem - afinal de contas quem é não vai à apanha da espiga e põe o raminho atrás da porta!?

Em suma, os demónios que apoquentam Álvaro Cobra podem ser os que atormentam qualquer homem, nem santo nem bruxo, esta é uma história dos homens, onde a fé, a dor, o amor, a solidão, a morte, a tristeza e a alegria convivem todos os dias, tornando-nos parte da terra, parte do pó dos dias!


Este livro chamou-me pela primeira vez à atenção pelo título, depois o amigo e conselheiro de leituras Jorge Navarro leu e recomendou e logo de seguida, também Mário Rufino, leu e destacou e como tal, não me poderia passar ao lado. Mais tarde apanho também a entrevista que aconteceu antes do lançamento e na qual gostei bastante de ouvir o autor.
Neste Verão chegou a oportunidade de o ler e fico muito feliz de só agora me despedir dele, revisitando-o e escrevendo sobre ele, pois foi mais uma oportunidade de saborear algumas das passagens que fui destacando.

Para quem ainda não leu, leia! Boas Leituras.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sem Óculos Cor-de-Rosa de Ana Paula Figueira

Este livro, que conta com ilustrações de Susa Monteiro, dirige-se a um público infantil mas também ao leitor com mais idade. (Re)visita o Alentejo desde o princípio do século passado até aos dias de hoje. Foi concebido por forma a procurar chamar a atenção para profissões ligadas à produção livreira que deixaram de ser economicamente viáveis face ao fenómeno da massificação.

Ana Paula Figueira afirma que este seu livro “presta” homenagem ao Alentejo.

domingo, 3 de novembro de 2013

Centro dedicado ao livro infantil abre em Beja

Três mil documentos da biblioteca da escritora Natércia Rocha, falecida em 2004, foram doados para a primeira estrutura do género em Portugal.
O livro como ponto de partida e como ponto de chegada. O papel dos mediadores de leitura que têm a tarefa de orientar leitores para que se tornem autónomos. Mediadores, investigadores, técnicos atentos, especialistas interessados, famílias. É a pensar em todos que o primeiro centro nacional dedicado ao livro infantil e juvenil abre as portas amanhã, na Biblioteca Municipal de Beja. Cerca de três mil documentos doados pela família da escritora de livros infantis Natércia Rocha, que faleceu em maio de 2004, dão vida a este local.

"A doação foi feita pouco tempo depois da morte da autora", revela Cristina Taquelim, técnica da Biblioteca de Beja. Ao espólio da figura da literatura nacional, junta-se mais material entretanto adquirido pelo espaço público de leitura, para reforçar um serviço que quer ser uma referência nacional. Nesse sentido, compraram-se livros mais recentes, portugueses e estrangeiros, bem como documentação mais atual ligada à psicopedagogia da leitura e escrita.

O sonho é antigo. A cedência de um rico espólio de uma escritora, investigadora e especialista em livros e bibliotecas para crianças foi a cereja em cima do bolo para o arranque do Centro do Livro Infantil e Juvenil. "Pretendemos ter um serviço informativo e de investigação importante para técnicos, mediadores de leitura", explica Cristina Taquelim. São também estes "atores" que podem ajudar o próprio centro a "crescer" e a dinamizar outras atividades, resultantes da partilha de experiência e de saberes, para uma rede de leitura mais enriquecedora. Promover planos de formação contínua na área está igualmente na agenda. "Queremos também colocar Beja no mapa dos centros de formação do país", acrescenta a responsável.

A leitura para além da escola. Os pais como mediadores de leitura. Investigadores e técnicos interessados no tema. O livro infantil no centro das atenções. Repensar e analisar critérios para a escolha da literatura desde que os olhos começam a ler. Saber escolher, saber orientar, ajudar, para que depois os leitores caminhem pelos próprios pés. "Pensar com mais profundidade o que se faz", no âmbito de um programa dedicado a uma rede de leitura saudável. Cristina Taquelim realça a missão dos mediadores de leitura para gente interessada na literatura. "Já não basta contar histórias, ter horas do conto. É preciso que o livro seja o ponto de partida e o ponto de chegada", defende. "Queremos criar um serviço que corresponda às necessidades dos mediadores e repensar o nosso setor infantil, para que seja o mais possível adequado aos mais pequenos", justifica.

O Centro do Livro Infantil e Juvenil abre às visitas no dia 19 de setembro, a partir das 18h30. À noite, pelas 21h30, é feita uma homenagem a Natércia Rocha, autora de uma vasta obra individual e da Coleção 1001 Detetives, em parceria com Carlos Correia e Maria Alberta Menéres. O momento conta com "dois companheiros de estrada" da escritora de Uma nuvem entre telhados e que chegou a manter uma regular colaboração na revista Rua Sésamo. António Torrado e Rui Marques Veloso marcam presença nesse encontro, no qual será exibido um documentário sobre Natércia Rocha, produzido propositadamente para o dia, com um "apoio expressivo" da Fundação Calouste Gulbenkian.

O livro como protagonista. Oficinas da narração, oficinas de mediação leitora, um festival da narração, estafeta de contos, ateliers de leitura e escrita para jovens são algumas das atividades da nona edição de "Palavras andarilhas", organizada pela Biblioteca de Beja. De 20 a 22 de setembro, um dia depois da abertura do Centro do Livro Infantil e Juvenil, o espaço recebe cerca de 300 mediadores de leitura, nacionais e internacionais.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Odemira premeia obra literária sobre igualdade entre homens e mulheres

 (daqui)

 Contos e poesias podem ser entregues até ao final de novembro
Odemira premeia obra literária sobre igualdade entre homens e mulheres

A Câmara de Odemira está a promover um concurso literário cujo tema é a igualdade entre homens e mulheres, podendo os trabalhos, nos géneros conto e poesia, ser entregues até final de novembro, divulgou hoje o município.
A iniciativa, cujo prémio tem um valor de 400 euros, tem como objetivo “promover a reflexão sobre a situação e participação das mulheres e dos homens na sociedade atual”, refere a autarquia.
Podem concorrer autores de qualquer nacionalidade, desde que as obras sejam apresentadas em língua portuguesa, devendo também abordar o tema da igualdade de género, ser inéditas e nunca terem sido premiadas anteriormente.
A entrega dos textos, de conto ou de poesia, decorre até ao dia 30 de novembro.
Segundo o regulamento da iniciativa, as obras serão apreciadas por um júri composto por três elementos, que poderá atribuir menções honrosas, além do primeiro lugar, caso a qualidade dos trabalhos o justifique.
A divulgação dos vencedores será feita em janeiro do próximo ano, referiu a autarquia em comunicado.
O concurso “Odemira Literária” é promovido pelo município alentejano, no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade de Género, com financiamento estatal e comunitário e gestão da Comissão para a Cidadania e Igualdade.