segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Jardim Separado de Luisa Demétrio Raposo

"No “Jardim Separado” as carnes nos ulmos das seivas faíscam, bélicas, correm contra os bosques, contra a febre monstruosa, a que lavra íntima, o foder, que referve o meu desnudo sentir. Os actos abismam-se de dentro do seu próprio cheio maiúsculo, as carnes trémulas o libertam à espera de palato, da língua, da boca atenta, sugam-se as carnes ora pelas costas ora pela ponta dos orifícios e lambem-se os alvoroços abertamente escuros na defloração das inúmeras bocas que um corpo feminino possui."

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